A velhice no Oriente tem sido imensamente respeitada. No passado era tido como um ato vergonhoso — quando suas crianças já haviam se casado, quando suas crianças já estavam tendo filhos — você estar ainda totalmente apaixonado, ainda escravo da biologia.
Você deveria elevar-se; é tempo de deixar o campo para outros tolos jogarem futebol. Quando muito, você pode ser um juiz, não um jogador...
A menos que você aceite com gratidão tudo o que a vida traz, você está deixando escapar o sentido, não está compreendendo. A infância foi bela; a juventude teve as suas flores; a velhice tem os seus próprios picos de consciência.
Mas o problema é que a infância vem por si própria e com a velhice você deve ser muito criativo.
A velhice é sua própria criação.
Ela pode ser um sofrimento, ela pode ser uma celebração; ela pode ser simplesmente um desespero e pode ser também uma dança. Tudo depende de quão profundamente preparado você está para aceitar a existência e o que quer que ela lhe traga.
Algum dia ela trará a morte também — aceite-a com gratidão.
Osho, "Após a Meia-Idade: Um Céu Sem Limites".