Os mais velhos

sábado, 31 de março de 2012

"Emancipe-se da escravidão mental..."
Dentro de toda pessoa mais velha há uma pessoa mais jovem, 
querendo saber o que aconteceu.
Osho, "Maturidade: a responsabilidade 
de ser você mesmo".

Escravidão

Você precisará assumir 100% de responsabilidade. E, sempre que você aceita 100% de responsabilidade, você se liberta e não há escravidão neste mundo.
Na verdade, a raiva é um tipo de escravidão. Eu não posso ser raivoso, porque não estou em escravidão. Por anos não tenho raiva de ninguém, porque não tomo ninguém como responsável. Sou livre, então porque deveria ficar com raiva? Se eu quiser ficar triste, é a minha liberdade.
Se eu quiser ficar feliz, é a minha liberdade. A liberdade não pode ficar com medo, a liberdade não pode ficar com raiva. Uma vez que você saiba que você é o seu mundo, você penetrou em um tipo diferente de compreensão. Então, nada mais importa - tudo o mais são jogos e desculpas.
Osho, "Osho Todos os Dias - 365 Meditações Diárias".

OBRIGADO! ... Chico... :D

sexta-feira, 30 de março de 2012

"O que me levou a esta atividade foi o fato de gostar de contar histórias, pois antes de tudo, o que eu faço de melhor é exatamente contar uma história." 
"O brasileiro só tem três problemas: Café, almoço e jantar."

"Penso na morte menos do que ela pensa em mim." 
"Não tenho medo de morrer. Tenho pena."
"Nao tenho medo de morrer. Mas, se puder, vou adiando..."

"Quero que se lembrem de mim como um cara que fez da melhor forma possível o trabalho que tinha a fazer." 

:) Chico Anysio
(1931 - 2012)

De trás para frente

"A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina. 
Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás pra frente. Nós deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso.
Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo. 
Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar. 
Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder aproveitar sua aposentadoria. 
Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara pra faculdade. 
Você vai pro colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando… 

e termina tudo com um ótimo orgasmo!
Não seria perfeito? "

Recebido por e-mail.

Poesia exploratória a você

quinta-feira, 29 de março de 2012

“Quem alisa meus cabelos?

Quem me tira o paletó?

Quem, à noite, antes do sono,
acarinha meu corpo cansado?

Quem cuida da minha roupa?

Quem me vê sempre nos sonhos?

Quem pensa que sou o rei desta pobre criação?

Quem nunca se aborrece de ouvir minha voz?

Quem paga meu cinema, seja de dia ou de noite?

Quem calça meus sapatos e acha meus pés tão lindos?

Eu mesmo.” 
:) Millôr Fernandes.
(1923 - 2012)

Doce pesar

A solidão traz em si algo de tristeza, algo de pesar, e mesmo assim uma profunda paz e silêncio. Tudo depende de como você olha para ela.
Se você se separou do ser amado, olhe para isso como uma grande oportunidade de estar sozinho. Então a visão muda. Olhe para isso como uma oportunidade para ter o seu próprio espaço
Está ficando cada vez mais difícil termos o nosso próprio espaço, e a menos que o tenhamos, nunca nos familiarizaremos com o nosso próprio ser, nunca chegaremos a conhecer a nós mesmos.
Estamos sempre ocupados, envolvidos em milhares de coisas — relacionamentos, compromissos do dia-a-dia, preocupações, projetos, o futuro, o passado —, vivemos continuamente na superfície.
Quando a pessoa está sozinha, ela pode começar a se aquietar, a assentar. Pelo fato de não estar ocupada ela não estará se sentindo da maneira como sempre se sentiu. Será diferente, e essa diferença pode parecer muito estranha.
E certamente, quando a pessoa está separada, ela perde os seus amores, os seus entes queridos, os seus amigos, mas isso não será para sempre. É só uma pequena disciplina.
E, se você ama profundamente e mergulha fundo em si mesmo, estará ainda mais preparado para amar profundamente, pois só a pessoa que se conhece consegue amar profundamente.
Se você vive na superfície, o seu relacionamento não pode ser profundo. Afinal de contas, é o seu relacionamento. Se você tem profundidade, então o seu relacionamento terá profundidade.
Por isso, considere essa oportunidade uma bênção e aproveite-a. Delicie-se com ela. Se você lamentar muito, toda a oportunidade estará perdida.
E ela não é contra o amor, lembre-se. Não se sinta culpado. Na verdade, ela é a própria fonte do amor. O amor não é o que acostumamos pensar. Não é isso. Não é uma mistura de sentimentalismo, emoções e sentimentos. É algo muito profundo, muito fundamental.
Trata-se de um estado de espírito, e esse estado de espírito só é possível quando você penetra no seu próprio ser, quando você começa a se amar. Essa é a meditação quando a pessoa está sozinha: ame-se a si mesmo tão profundamente que, pela primeira vez, você se torna o seu próprio objeto de amor.
Portanto, nesses dias em que estiver sozinho, seja narcisista; ame a si mesmo, delicie-se consigo mesmo! Delicie-se com o seu corpo, com a sua mente, com a sua alma. E aproveite o espaço que está vazio à sua volta e preencha-o com amor. Não existe nenhum amante ali, preencha-o com amor!
Espalhe o seu amor pelo espaço, e ele começará a ficar luminoso, reluzente. E então, pela primeira vez, você saberá, quando o seu amante se aproximar de você, que agora esse amor tem uma qualidade totalmente diferente. Na realidade, você tem algo para dar, compartilhar. Agora você pode compartilhar o seu espaço, porque você tem o seu espaço.
As pessoas comuns acham que elas estão compartilhando, mas elas não têm nada para compartilhar — nenhuma poesia no coração, nenhum amor. Na verdade, quando elas dizem que querem compartilhar, não querem dar nada, porque elas não têm nada para dar.
Elas estão em busca de alguém que lhes dê algo, e o outro está no mesmo barco. Ele está procurando tirar algo de você, e você está tentando tirar algo dele. Ambos estão, de certo modo, tentando roubar algo do outro.
Por isso o conflito entre os amantes, a tensão; a tensão contínua para dominar, para possuir, para explorar, para fazer do outro um meio para atingir o prazer; para de algum modo usar o outro para a sua própria gratificação.
É claro que escondemos tudo isso atrás de lindas palavras. Dizemos: "Queremos compartilhar", mas como você pode compartilhar algo que não tem?
Portanto, aproveite o seu espaço, a sua solidão. Não o preencha com lembranças do passado nem com fantasias acerca do futuro. Deixe-o como está — puro, simples, silencioso. Delicie-se com ele; brinque, cante, dance. É uma grande alegria estar sozinho!
E não se sinta culpado. Isso também é um problema, porque os casais sempre se sentem culpados. Se estão sozinhos e se sentem felizes, eles se sentem culpados. Pensam: "Como uma pessoa pode ficar feliz longe do ser amado?" — como se você estivesse enganando a outra pessoa.
Mas, se você não consegue se sentir feliz quando está sozinho, como vai conseguir se sentir quando estiverem juntos? Portanto isso não é uma questão de enganar ninguém.
À noite, quando ninguém está olhando, a roseira está preparando a rosa. Lá nas entranhas da terra, as raízes estão preparando a rosa. Ninguém está olhando. Se a roseira pensar: "Só mostrarei as minhas rosas quando houver alguém por perto", ela não terá nada para mostrar. Não terá nada para compartilhar, porque qualquer coisa que você possa compartilhar primeiro tem que ser criada, e toda a criatividade surge das profundezas da solidão.
Portanto, deixe essa solidão ser um útero, e aproveite-a, delicie-se com ela; não sinta que está fazendo alguma coisa errada. Trata-se de uma questão de atitude e maneira de ver. Não dê a interpretação errada. A solidão não precisa ser algo para se lamentar. Ela pode ser cheia de paz e felicidade, depende de você.

Osho, "A Essência do Amor: Como Amar com Consciência 
e Se Relacionar Sem Medo".

Tão... EU! :D

quarta-feira, 28 de março de 2012


Seja você mesmo e orgulhe-se disso!



As possibilidades são infinitas...

(Copiar para o seu computador)

Recebido por e-mail.

Expandir a percepção

O homem tem muitos aspectos, muitos lados. 

As partes física, energética, emocional, afetiva, mental. Mas tudo isso é coordenado por uma parte muito mais importante, muito mais básica e superior. 
É o aspecto superior do ser. Ali todos os outros componentes são coordenados. Ali o nosso destino é dirigido. Ali são feitas as curas ou as doenças.
Perceber que existe um nível espiritual está além da compreensão das pessoas, que só acreditam que é o raciocínio que estabelece a realidade.
Muito mais que pensar, imaginar, muito mais que entender com a inteligência mental, existe o espírito.
O espírito é na verdade a fonte de todo o saber, que é muito mais do que entender, do que compreender com o raciocínio.
Entender, perceber, articular a vida no nível da espiritualidade é começar a exercer a integração com o universo, é exercer domínio sobre a matéria, é coordenar o destino, é relacionar-se com o equilíbrio. É o exercício da paz.
Precisamos desmistificar a ideia da espiritualidade em nós.
As religiões tomaram conta da educação desses elementos importantes, muitas vezes nos confundindo, colocando preconceitos e ideias muito aquém da verdade da natureza. 
Queremos redescobrir a vida na realidade da sua concepção. Queremos ser naturais. 
E precisamos descobrir que o nível da espiritualidade é o nível mais superior do homem. Ali se estabelecem verdades profundas e imutáveis. Ali nós experimentamos a liberdade, o conhecimento direto da intuição, conhecemos o amor incondicional, conhecemos o poder da inspiração, da vocação, da arte e do conhecimento absoluto da compreensão que ilumina as ciências.
Ali nos dignificamos, nos tornamos superiores em nós mesmos e exercemos uma vida de felicidade e realizações. Longe está aquele que pensa, porque se pensa não vê as coisas pela perspectiva da espiritualidade e não pode conhecer a verdade. Apenas qualifica relações muito relativas e não conhece o absoluto da compreensão integral do universo.
Pois é, minha gente. Quem não está na espiritualidade está preso na matéria, no apego, no sofrimento e na dor. Porque que tem espiritualidade está liberto.
A espiritualidade libertadora é aquela que faz o homem compreender que necessita da elevação, o caminho para praticar a cura da vida, a cura dos vícios da matéria.
Se a vida do homem é composta de dor, de problemas econômicos e afetivos, enfim, uma vida de preocupações, é porque o homem não está integrado na espiritualidade. A espiritualidade é a integração e a libertação de todos esses transtornos.
A libertação não significa o abandono, mas significa continuar a viver como um ser humano comum, cercado dos problemas comuns, mas com a habilidade de fazer com que esses problemas sejam vivenciados de forma a não interferir na vida, resolvidos com harmonia.
É preciso se integrar e se aprofundar no conhecimento espiritual, abandonando a visão superficial da vida material. Tudo tem que ser visto pelos dois lados da vida, pelo lado superficial e pelo lado profundo.
O lado superficial é a materialidade, são as coisas vistas pelo lado menta, pelo raciocínio. Enfim, uma visão curta, pequenininha.
No lado profundo, está o estrutural, o grande, o geral. Aí está o lado espiritual.
No nosso lado profundo
está a eternidade.
Calunga, “Fique com a Luz...” 
(págs. 88 - 90)

CONSAGRAÇÃO para o Arcanjo Miguel

terça-feira, 27 de março de 2012

Eu me visto com a proteção do Arcanjo Miguel e de sua Legião Angélica.
Eu me visto com sua armadura de Luz e recordo-me , aqui e agora , que EU SOU UM SER DIVINO , Filho de Deus , e tenho ao meu dispor a fé e a fortaleza de Miguel para combater o bom combate contra ataques físicos e espirituais que procedem dos inimigos da Luz.
Eu me protejo com a Espada de Luz do Arcanjo Miguel e com ela corto todos os laços que querem me prender ao desespero, a depressão, ao desânimo , a doença , ao desemprego , ao sofrimento , a perseguições... (coloque aqui o que desejar combater)
Eu me renovo com a Luz Azul-Dourada do Arcanjo Miguel e me purifico com o poder da fé e da alegria que provém de seu amparo. 
Eu, na condição de TRABALHADOR DA LUZ , me consagro hoje ao poderoso Arcanjo Miguel e com fé, confio em sua proteção e orientação espiritual todos os dias de minha vida.
Que as bençãos de Miguel e seus Anjos de Luz se derramem sobre meus caminhos e de todos os meus irmãos e irmãs que peregrinam na senda do Amor Incondicional e da Paz Divina. 
Assim seja, com o Pai, o Filho e a falange do Espírito Santo. Amém! 
(Consagração “ditada” pelo Arcanjo Miguel para todos os que querem colocar-se sob sua proteção )
http://azulcristal.com.br/invocacao/
556-arcanjo-miguel-consagracao.html

É você que se esconde

Você pode se encontrar porque é você que se esconde
A iluminação não é algo a ser alcançado, é algo a ser vivido.
Quando afirmo que alcancei a iluminação, quero dizer simplesmente que resolvi vivê-la. Só isso! E desde então a tenho vivido. É a decisão de não querer mais criar problemas - só isso. É a decisão de parar com toda essa besteira de criar problemas e encontrar soluções.
Toda essa baboseira é um jogo que você joga consigo mesmo - você se esconde e você mesmo procura, interpretando os dois papéis. E você sabe disso! É por isso que, quando falo disso, você ri.
Não estou falando de nada ridículo - você compreende. Está rindo de si mesmo. Observe-se rindo, veja seu sorriso - você compreende. Tem que ser assim porque é seu jogo: você se esconde e aguarda ser descoberto por si mesmo.
Pode se encontrar agora mesmo, porque é você que se esconde. É por isso que os mestres zen batem na cabeça das pessoas. Sempre que alguém diz: "Eu gostaria de ser um Buda", o mestre fica muito zangado. Pois a pessoa está dizendo bobagem. Ela é um Buda.
Se o Buda vem até mim e pergunta como ser um Buda, o que posso fazer? Bater-lhe na cabeça. "Quem você acha que está enganando? Você é um Buda."
OSHO, em "A Música Mais Antiga do Universo".

Você atrai a energia mais semelhante a sua...

segunda-feira, 26 de março de 2012

"Você só recebe aquilo que tem, porque aquilo que você tem se torna uma força magnética, atrai algo semelhante.
É como um bêbado que chega a uma cidade: logo ele vai encontrar outros bêbados. Se um jogador chegar a uma cidade, logo ele se tornará conhecido dos outros jogadores. Se um ladrão chegar a uma cidade, logo ele encontrará outros... ladrões. Se um buscador da verdade chegar à cidade, ele vai encontrar outros buscadores.
Tudo que criamos em nós se torna um centro magnético, cria certo campo de energia. E nesse campo de energia as coisas começam a acontecer.
Assim, se você quer as bênçãos da existência, deve criar toda a bem-aventurança de que for capaz, deve dar o máximo de si, então uma bem-aventurança multiplicada por mil será sua. 
Quanto mais você tiver, mais receberá.
Quando esse segredo for compreendido, você ficará cada vez mais rico interiormente, sua alegria será cada vez mais profunda.
E não há fim para o êxtase — você tem apenas de começar na direção certa."
OSHO, “”Meditação para fazer a noite”.

Ame A SI MESMO e observe

Perguntaram a Osho:
Você pode falar alguma coisa sobre essas belas palavras de Buda:
Ame a si mesmo e observe – hoje, amanhã, sempre”?
”Ame a si mesmo”...

O amor é o alimento da alma. Assim como a comida é para o corpo, o amor é para a alma. Sem comida o corpo enfraquece, sem amor a alma enfraquece. E nenhum estado, nenhuma igreja e nenhum interesse investido jamais quiseram que as pessoas tivessem almas fortes porque uma pessoa com energia espiritual está fadada a ser rebelde.
O amor lhe faz rebelde, revolucionário. O amor lhe dá asas para voar alto. O amor lhe dá insight nas coisas, assim ninguém pode lhe enganar, lhe explorar, lhe oprimir. E os padres e os políticos só sobrevivem com o seu sangue – eles só sobrevivem na exploração. Eles são parasitas, todos os sacerdotes e todos os políticos.
Para lhe tornar espiritualmente fraco eles descobriram um método seguro, cem por cento garantido, e esse é ensinar a você a não amar a si mesmo – porque se um homem não pode amar a si mesmo ele também não pode amar mais ninguém. O ensinamento é muito ardiloso. Eles dizem: Ame os outros – porque eles sabem que se você não puder amar a si mesmo você não pode amar de maneira nenhuma. Mas eles continuam dizendo: Ame os outros, ame a humanidade, ame a Deus, ame a natureza, ame sua esposa, seu marido, seus filhos e seus pais, mas não ame a si mesmo, porque, segundo eles, amar a si mesmo é egoísta.
Eles condenam o amor-próprio mais do que qualquer outra coisa – e eles fizeram seu ensinamento parecer muito lógico. Eles dizem: Se você amar a si mesmo você se tornará um egoísta, se você amar a si mesmo você se tornará um narcisista. Isso não é verdade. Um homem que ama a si mesmo descobre que não existe nenhum ego nele. É amando os outros sem amar a si próprio, é tentando amar os outros que o ego surge.
O amor nada sabe de dever. Dever é um fardo, uma formalidade. Amor é uma alegria, um compartilhar; o amor é informal. O amante nunca sente que ele fez o bastante; o amante sempre acha que mais é possível. O amante nunca sente, ‘Eu favoreci o outro’. Pelo contrário, ele sente, ‘Devido a que meu amor foi recebido, estou agradecido. O outro me favoreceu por receber meu presente, não o rejeitando’. O homem do dever pensa, ‘Sou mais elevado, espiritual, extraordinário. Vejam como eu sirvo as pessoas’!
Um homem que ama a si mesmo respeita a si mesmo e um homem que ama e respeita a si próprio respeita os outros também, porque ele sabe, ‘Assim como eu sou, os outros também são. Assim como gosto do amor, respeito, dignidade, os outros também gostam’. Ele se torna cônscio de que não somos diferentes, no que diz respeito ao essencial, nós somos um. Estamos debaixo da mesma lei: Aes dhammo sanantano*.
O homem que ama a si mesmo desfruta tanto do amor, se torna tão contente, que o amor começa a transbordar, começa a alcançar os outros. Tem que alcançar! Se você vive o amor, você começa a compartilhá-lo. Você não pode continuar a amar a si mesmo para sempre porque uma coisa ficará absolutamente clara para você: que se amando uma pessoa, você mesmo, é um êxtase tão tremendo e tão belo, tanto mais êxtase está esperando por você se você começar a compartilhar seu amor com muitas pessoas!
Lentamente as ondulações começam a se expandir cada vez mais longe. Você ama outras pessoas; então você começa a amar os animais, os pássaros, as árvores, as pedras. Você pode preencher todo o universo com o seu amor. Um simples indivíduo é suficiente para encher todo o universo com amor, assim como um simples seixo pode encher todo o lago de ondulações – um pequeno seixo.
O homem precisa se tornar um deus. A menos que o homem se torne um deus não poderá haver nenhum preenchimento, nenhum contentamento. Mas como é que você pode se tornar um deus? Seus sacerdotes dizem que você é um pecador. Seus sacerdotes dizem que você está condenado, que você está destinado a ir para o inferno. E eles lhe tornam muito temeroso de amar a si mesmo.
Eis porque as pessoas são tão eficientes em descobrir defeitos. Elas encontram defeitos em si mesmas – como é que elas podem evitar encontrar os mesmos defeitos nos outros? Na verdade, elas irão encontrá-los e irão engrandecê-los, irão torná-los tão grandes quanto possível. Esse parece ser o único meio de defesa; de alguma maneira, para salvar as aparências. Você precisa fazer isso. Eis porque existe tanta crítica e tanta falta de amor.
Digo que esse é um dos mais profundos sutras de Buda, e só uma pessoa desperta pode lhe dar um tal insight.
A pessoa que ama a si própria pode facilmente se tornar meditativa, porque meditação significa estar consigo mesmo.
Se você odeia a si mesmo – como você faz, como foi dito a você para fazer, e você tem seguido isso religiosamente – se você odeia a si próprio, como é que você pode ficar consigo mesmo? A meditação não é outra coisa senão desfrutar de sua bela solitude e celebrar a si próprio. Eis o que é toda a meditação. A meditação não é um relacionamento. O outro não é absolutamente necessário; somos suficientes para nós mesmos. Somos banhados em nossa própria glória, banhados em nossa própria luz. Estamos simplesmente alegres porque estamos vivos, porque somos.
O maior milagre do mundo é que você é e que eu sou. Ser é o maior milagre e a meditação abre as portas desse grande milagre. Mas só o homem que ama a si próprio pode meditar; do contrário você está sempre fugindo de si mesmo, evitando a si mesmo. Quem quer olhar para um rosto feio e quem quer penetrar num ser feio? Quem quer se aprofundar na própria lama, na própria escuridão? Quem vai querer entrar no inferno que pensam que estão? Você quer manter essa coisa toda coberta com lindas flores e você vai querer sempre fugir de si mesmo.
Desse modo as pessoas estão continuamente procurando companhia. Elas não podem ficar consigo mesmas; elas querem estar com os outros. As pessoas estão buscando qualquer tipo de companhia; se elas puderem evitar a companhia de si próprios qualquer coisa servirá. Elas se sentarão numa sala de cinema por três horas vendo alguma coisa totalmente estúpida. Elas irão ler uma novela de detetives por horas, desperdiçando seu tempo. Elas irão ler o mesmo jornal repetidamente apenas para ficarem ocupados. Elas irão jogar baralho e xadrez só para matar o tempo... Como se elas tivessem tempo de sobra!
O amor começa com você mesmo, assim ele pode se espalhar. Ele vai se espalhando a sua própria maneira; você não precisa fazer nada para espalhá-lo.
"Ame a si mesmo...", diz Buda. E então imediatamente ele acrescenta: "... e observe". Isso é meditação, esse é o nome de Buda para a meditação. Mas a primeira condição é amar a si mesmo, e então observe. Se você não amar a si mesmo e começar a observar, você pode se sentir como que cometendo suicídio.
Muitos Budistas se sentem como que cometendo suicídio porque eles não dão atenção à primeira parte do sutra, eles imediatamente saltam para a segunda parte: observe a si mesmo. Na verdade, nunca encontrei um simples comentário sobre o o Dhammapada, esses sutras do Buda, que desse alguma atenção à primeira parte: Ame a si mesmo.
Sócrates diz: Conhece a ti mesmo, Buda diz: Ame a si mesmo. E Buda é muito mais verdadeiro porque a menos que você ame a si próprio você nunca conhecerá a si mesmo – conhecer só vem mais tarde, o amor prepara o terreno. Amar é a possibilidade de conhecer a si mesmo. O amor é a maneira certa de conhecer a si mesmo.
“Ame a si mesmo e observe… hoje, amanhã, sempre”.
Crie energia ao redor de si mesmo. Ame seu corpo e ame sua mente. Ame todo seu mecanismo, todo seu organismo. Por amar significa: aceitar isso como isso é, não tente reprimir. Nós reprimimos somente quando odiamos alguma coisa, reprimimos somente quando somos contra alguma coisa. Não reprima porque se você reprimir como é que você vai observar? Não podemos fitar o inimigo olho no olho; podemos somente olhar nos olhos de nosso amado. Se você não for um amante de si mesmo você não será capaz de olhar nos seus próprios olhos, na sua própria face, na sua própria realidade.
Observar é meditação, o nome de Buda para a meditação. Observe diz Buda. Ele diz: Esteja cônscio, alerta, não fique inconsciente. Não se comporte como que dormindo. Não continue funcionando como uma máquina, como um robô. É assim que as pessoas estão vivendo.
Observe – apenas observe. Buda não diz o que deve ser observado – tudo! Caminhando, observe o seu caminhar. Comendo, observe o seu comer. Tomando banho, observe a água, a água fria caindo sobre você, o toque da água, a frieza, o arrepio que dá na sua espinha – observe tudo, “hoje, amanhã, sempre”.
Finalmente chega o momento quando você pode observar até mesmo seu sono. Esse é o máximo no observar. O corpo vai dormir e ainda fica um observador desperto, olhando silenciosamente o corpo profundamente adormecido. Isso é o máximo da observação. Agora mesmo exatamente o oposto é o caso: seu corpo está desperto, porém você está dormindo. Então você estará desperto e seu corpo estará dormindo. O corpo precisa de descanso, todavia sua consciência não necessita de nenhum sono. Sua consciência é consciência: isso é atenção, essa é sua própria natureza.
Quando você se torna mais alerta você começa a criar asas – então todo o céu lhe pertence. O homem é um encontro da terra com o céu, do corpo e da alma.
Osho, em "The Way of the Buddha: The Dhammapada"

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*No mesmo livro, Osho explica assim essas palavras:
"Aes dhammo sanantano – Buda repete isso várias e várias vezes – 'essa é a lei eterna'. O que é a lei eterna? Somente o amor dissipa o ódio, somente a luz dissipa a escuridão."

Meditação é um salto

domingo, 25 de março de 2012

Você nunca poderá ir além da mente se continuar a usá-la. Precisa dar um salto, e a meditação significa esse salto. Eis por que a meditação é ilógica, irracional.
E não se pode torná-la lógica; não se pode reduzi-la à razão. Você precisa experienciá-la. Se você a experiência, somente então pode realmente saber.
Então tente isto: não pense sobre ela, tente - tente ser uma testemunha de seus próprios pensamentos. Sente-se, relaxe-se, feche os olhos e deixe seus pensamentos passarem como imagens numa tela.
Veja-os, olhe para eles, torne-os seus objetos. Um pensamento surge: olhe-o atentamente. Não pense sobre ele, apenas olhe para ele. Se você começar a pensar sobre ele, então você não é uma testemunha - caiu na armadilha.
Há uma buzinada lá fora; surge um pensamento: "um carro está passando"; ou um cão late, ou algo acontece. Não pense sobre isso; apenas olhe para o pensamento.
O pensamento surgiu, assumiu uma forma. Agora ele está diante de você. Logo passará. Outro pensamento o substituirá. Continue olhando para esse processo de pensamento.
Mesmo por um instante, se você for capaz de olhar para esse processo do pensamento sem pensar sobre ele, terá lucrado algo no testemunhar e terá conhecido algo no testemunhar.
Isso tem um sabor, tem um sabor diferente do pensar - totalmente diferente. Mas você tem que experimentá-lo. A religião e a ciência são polos opostos, mas em uma coisa são similares e a sua ênfase é a mesma: a ciência depende do experimento e a religião também.
Somente a filosofia é não-experimental. A filosofia depende apenas do pensamento. A religião e a ciência dependem da experiência: a ciência com objetos, a religião com a sua subjetividade.
A ciência depende de experiências que envolvem outras coisas que não você, e a religião de experiências diretamente ligadas a você.
Isso é difícil, porque na ciência estão presentes o experimentador, a experiência e o objeto a ser experimentado. Há três coisas: o objeto, o sujeito e a experiência. Na religião você é as três ao mesmo tempo. Você deve fazer experiências consigo mesmo. Você é o sujeito, você é o objeto e você é o laboratório.
Não continue a pensar. Parta de algum ponto... comece a experimentar. Então você terá uma sensação direta do que é pensar e do que é testemunhar.
E então virá a saber que não pode fazer as duas coisas ao mesmo tempo, como não se pode correr e se sentar simultaneamente. Se você corre, então, não pode se sentar, então, não está sentado. E se estiver sentado, não poderá estar correndo.
Mas sentar-se não é uma função das pernas. Correr é uma função das pernas; sentar-se não é uma função das pernas. Quando as pernas estão funcionando, então você não está sentado. Sentar é uma não-função das pernas; correr é a função.
O mesmo ocorre com a mente: pensar é uma função da mente; testemunhar é uma não-função da mente. Quando a mente não está funcionando, você tem o testemunhar, então você tem a consciência.
OSHO, em "O Que é Meditação".