A cabeça faz muita confusão. Não dá para ficar só na cabeça, porque a gente pensa demais e questiona tudo. Fica com muita dúvida, muita incerteza e muita insegurança.
O que tempera a cabeça é o coração. No peito, a gente tem um centro de força tão poderoso quanto o mental. É o chacra cardíaco, o centro do sentimento, da alma da gente. É ele que nos faz humanos, que nos faz amar, criar e ir em frente. É ele que nos dá a coragem, a força, a luz.
Quando vemos uma pessoa simpática, iluminada, é porque ela está com o seu chacra cardíaco aberto. Mas a maioria das pessoas tem esse chacra fechado por medo de ser dominada, medo de ser feita de boba, medo que os outros não gostem dela, medo de ser rejeitada. Com isso, acaba fechando o peito.
Tende, então, a agir só com a cabeça. E você sabe como a cabeça é. Ela fica sob o domínio das emoções que vêm lá do nosso centro de força inferior. Quando a cabeça se emociona, ela fica sem coração, fica exagerada. E você fica vivendo sob o império da loucura, sendo rígido, muito exigente consigo mesmo, se torturando e torturando outras pessoas com sua impaciência, com sua ansiedade, com suas exigências perfeccionistas.
Calunga, "Um Dedinho de Prosa".