Em casa

domingo, 28 de novembro de 2010

Não existe nenhum lar, a menos que encontremos um dentro de nós mesmos.
Você vem para este mundo exatamente como um livro não-escrito, cheio de páginas em branco. Você tem que escrever o seu destino. Não há ninguém que esteja escrevendo o seu destino. E quem escreveria? E como? E para quê?
Você vem para este mundo apenas como uma potencialidade em aberto — uma potencialidade multidimensional. Você tem que escrever o seu destino, tem que criar o seu destino. Você tem que se tornar você mesmo.
Você não nasceu com um "eu" pronto. Você nasceu apenas como uma semente — e também pode morrer assim como uma semente, mas também pode se tornar uma flor, pode se tornar uma árvore.
A vida se compõe de pequenas coisas. Então, se você passar a se interessar pelas chamadas grandes coisas, estará deixando a vida escapar.
A vida consiste em bebericar uma xícara de chá, fofocar com os amigos, sair pela manhã para fazer uma caminhada — sem qualquer destino em particular, só para caminhar, sem rumo, sem finalidade, podendo a qualquer instante dar meia-volta —, cozinhar para alguém que você ama, cozinhar para si mesmo — porque você ama seu corpo também —, lavar suas roupas, limpar o chão, regar o jardim... Essas coisas pequenas, bem pequenas... Dizer olá a um estranho, o que não seria absolutamente necessário, já que não há qualquer interesse sobre ele.
A pessoa que pode dizer olá a um estranho também pode dizer olá a uma flor, também pode dizer olá a uma árvore, também pode cantar uma canção para os passarinhos.
Osho, “Faça o Seu Coração Vibrar”.