Você tem que se proteger de todas essas pessoas bem-intencionadas, que gostam de praticar o bem e que estão a todo instante aconselhando-o a fazer isso ou aquilo. Ouça o que elas têm a dizer e agradeça. Elas não têm a intenção de lhe causar mal, mas causam. Ouça apenas o seu próprio coração. Esse é o seu único professor. Na verdadeira jornada da vida, sua própria intuição é o único professor que você tem.
Existe algo de imensa importância sobre a verdade: a menos que você a encontre, ela nunca será verdade para você. Se essa verdade é de outra pessoa e você a pega emprestada, no mesmo instante ela deixa de ser verdade — passa a ser uma mentira.
Seja o que for que esteja fazendo, pensando ou decidindo, lembre-se de perguntar uma coisa: isso está vindo de você ou se trata de outra pessoa falando? Você ficará surpreso ao descobrir a voz verdadeira. Talvez seja a de sua mãe — você a ouvirá falando outra vez. Talvez seja a de seu pai — não é muito difícil detectar. A voz permanece ali, viva na memória, como se você a estivesse ouvindo pela primeira vez — o conselho, a ordem, a disciplina, o mandamento.
Livre-se das vozes que existem dentro de você e logo ficará surpreso ao ouvir uma voz silenciosa que nunca escutara antes. Você não consegue identificar de quem seja essa voz. Não, não é de sua mãe, de seu pai, de seu pastor, nem de seu professor... De repente você a identifica: ela é a sua própria voz. E por isso que não consegue descobrir a identidade dela, a quem ela pertence.
Descubra a sua própria voz. Depois faça o que ela diz sem receio. Aonde quer que ela o leve, é ali que está o objetivo da sua vida, é ali que está o seu destino. É só ali que você encontrará satisfação, contentamento.
Osho, “Faça o Seu Coração Vibrar”.