Termostato

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Ensinaram-nos a nunca sairmos do controle em coisa alguma — na gargalhada, no choro, no amor, na raiva —, a nunca irmos além do limite.
Há um limite para tudo, e permitiram-nos chegar somente até o limite; depois disso, precisamos nos conter. Após um longo condicionamento, isso se tornou automático, como um termostato. Você vai até certa extensão e, de repente, algo acontece no inconsciente, algo dá um clique e você para.
Ensino a "descontrolar", porque somente no descontrole você ficará livre. E, quando a energia estiver se movendo espontaneamente, sem a mente por trás para manipular, para dirigir, para ditar, haverá uma imensa bem-aventurança.
As árvores existem em um plano mais baixo, porém elas são mais bem-aventuradas. E assim são os animais; eles existem em um plano mais baixo, porém são mais bem-aventurados.
E a razão é que eles não sabem como controlar. Podemos ser mais bem-aventurados do que as árvores, as flores e os pássaros, mas precisamos evitar uma armadilha: a armadilha de controlar a nós mesmos.
Osho, "Osho Todos Os Dias: 365 Meditações Diárias".