Simplicidade

terça-feira, 24 de maio de 2011

Simplicidade
Às vezes acontece a você sentir-se integrado, em algum raro momento. Observe o oceano, o seu espírito indomável - de repente você esquece a sua divisão interior, a sua esquizofrenia: você relaxa. Ou então, andando pelo Himalaia, contemplando a neve virgem nos picos das montanhas, de repente uma calma o envolve e você não precisa ser falso, porque não há ali nenhum outro ser humano para o qual representar. Você se re-integra. Ou ainda, ouvindo boa música, você se sente integrado.

Sempre que, em qualquer situação, você se torne uno, uma paz, uma felicidade, uma bênção o envolvem, brotam de dentro de você. Você se sente preenchido. 

Não há necessidade de ficar esperando por esses momentos - eles podem transformar-se na sua maneira natural de viver. Esses momentos extraordinários podem transformar-se em momentos comuns - este é todo o esforço do Zen. É possível viver uma vida extraordinária dentro dos limites de uma vida bastante comum: cortando árvores, rachando lenha, buscando água no poço, é possível estar extremamente à vontade consigo mesmo. Limpando o chão, preparando a comida, lavando a roupa, você pode estar perfeitamente à vontade - porque a questão toda é de você atuar com todo o seu ser, desfrutando, realizando-se no que faz.
Osho Dang Dang Doko Dang Chapter 3

Comentário:
Esta figura, caminhando pela natureza, mostra-nos que a beleza pode ser encontrada nas coisas simples e comuns da vida. Com muita frequência nós tomamos este lindo mundo em que vivemos como coisa garantida. Limpar a casa, cultivar o jardim, fazer a comida - as tarefas mais simples ganham uma conotação sagrada quando são feitas com envolvimento total, com amor, e exclusivamente pelo prazer de fazê-las, sem expectativas de reconhecimento ou de recompensa. 
de OSHO, O Tarô Zen.