A Revolução da Mulheres (2)

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Vivemos uma paranóia coletiva.
Os homens controlaram e feriram as mulheres em quase todas as sociedades. Considerados o sexo forte, são na verdade seres frágeis, pois só os frágeis controlam e agridem os outros. Agora, eles produziram uma sociedade de consumo inumana, que usa o corpo da mulher, e não sua inteligência, para divulgar seus produtos e serviços, gerando um consumismo erótico. Esse sistema não tem por objetivo produzir pessoas resolvidas, saudáveis e felizes; a ele interessam as insatisfeitas consigo mesmas, pois quanto mais ansiosas, mais consumistas se tornam.
Até crianças e adolescentes são vítimas dessa ditadura. Com vergonha de sua imagem, angustiados, consomem cada vez mais produtos em busca de fagulhas superficiais de prazer. A cada segundo destrói-se a infância de uma criança no mundo e se assassina os sonhos de um adolescente. Desejo que muitos deles possam ler atentamente esta obra para poderem escapar da armadilha em que, inconscientemente, correm o risco de ficar aprisionados. Qualquer imposição de um padrão de beleza estereotipado para alicerçar a autoestima e o prazer diante da auto-imagem produz um desastre no inconsciente, um grave adoecimento emocional. 
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Autoestima é um estado de espírito, um oásis que deve ser procurado no território da emoção. Cada mulher, homem, adolescente e criança deveriam ter um caso de amor consigo mesmos, um romance com a própria vida, pois todos possuem uma beleza física e psíquica particular e única. Essa frase não é um jargão literário pré-fabricado, mas uma necessidade psiquiátrica e psicológica vital, pois sem autoestima os intelectuais se tornam estéreis, as celebridades perdem o brilho, os anônimos ficam invisíveis, os homens transformam-se em miseráveis, as mulheres não têm saúde psíquica, os jovens esfacelam o encanto pela existência.
Em breve encerraremos nossa vida no pequeno "parênteses" do tempo que nos cabe. Que tipo de marcas transformadoras vamos imprimir no mundo em que vivemos? Precisamos deixar ao menos o vestígio de que não fomos escravos do sistema social, de que vivemos uma existência digna e saudável, lutando contra uma sociedade que se tornou uma fábrica de pessoas doentes e insatisfeitas.
É necessário fazer uma revolução inteligente e serena contra essa dramática ditadura. Os homens, embora também vítimas dela, são inseguros para realizá-la. Essa batalha depende sobretudo das mulheres. Neste romance, apoiadas por dois fascinantes pensadores, um psiquiatra e um filósofo, elas empreendem a maior revolução da História. Porém, pagam um preço altíssimo, pois têm de enfrentar predadores implacáveis. 
Para fazer essa revolução internacional saturada de aventuras, lágrimas e alegrias, elas se inspiram no homem que mais defendeu as mulheres em todos os tempos: Jesus Cristo. Descobrem que o Mestre dos Mestres correu dramáticos riscos por elas. Ficam fascinadas ao saber que ele teve a coragem de fazer das prostitutas seres humanos da mais alta dignidade, e das desprezadas, princesas.
Dr. Augusto Cury, Prefácio do Livro: 
“A Ditadura da Beleza e a Revolução das Mulheres”.