A CERTEZA DA ETERNIDADE

terça-feira, 13 de março de 2012

Vocês já pensaram o que seriam capazes de fazer se tivessem verdadeiramente a certeza absoluta da eternidade da vida?
Vocês já imaginaram a revolução que aconteceria nas suas vidas?
Eu toco nesse assunto porque sei que muita gente concorda que a vida é eterna, que acredita que existe vida após a morte do corpo físico, que comunga com o princípio da reencarnação.
Mas eu sei também que na maioria das vezes esse entendimento é só intelectual, do raciocínio, e não uma convicção do fundo do coração.
Na verdade, o povo diz que acredita, mas não vive o que acredita.
Se a gente olhar a vida sobre o ponto de vista da eternidade, as coisas seriam bem diferentes, não é?
Ninguém mais iria se preocupar com os filhos, com a idade, com o futuro, com todas as coisas passageiras desta vida.
Tudo ia ficar tão pequeno, tão insignificante.
Vocês sabem que a vida é eterna mas não andam vivendo para a eternidade. Andam vivendo para um futuro muito próximo, muito no chão, muito apegados a coisas que não tem nenhum valor para a eternidade que os aguarda.
Quem verdadeiramente crê na eternidade precisa parar para pensar o porquê de estar tão preso na Terra, nesta passagem tão curta por aqui.
Vocês até pensam, mas acabam afastando as ideias por terem medo de acreditar para valer. Medo de acreditar, de constatar a verdade e ter que assumir todas as mudanças que vão ser necessárias.
A consciência da nossa condição de eternidade amedronta tanto, a ponto de pensarmos que vamos nos perder na vida, que vamos enlouquecer.
Esta complexidade faz com que todos corram para o lugar-comum, para continuar a fazer tudo igual a todo mundo, acreditando ter a segurança que a mediocridade.
Saibam também que não adianta apressar as coisas, resolver tudo rapidinho, querer que as mudanças ocorram no tempo imediato de vocês.
Aprendam que o tempo da vida não é o nosso tempo.
A partir da compreensão da eternidade e da sua aceitação como ser cósmico, tanta coisa fica melhor, tanta coisa fica mais fácil, tanto dramalhão e sofrimento inúteis acabam.
Ganha-se paz e confiança em si.
Perde-se o medo do desamparo que é reflexo do medo do futuro.
O desamparo é uma constante na vida de quem só acredita nos limites da vida na Terra. É aquele medo danado de não dar conta do recado, de ficar só, de não saber o que fazer, de ficar perdido.
É o caminho para todos se agarrarem uns aos outros, para todos se prenderem nas loucuras de todos. É um "grude" nas desgraças, é uma corrente de lamentações, onde um vai se tornando o vampiro do outro.


Calunga, “Fique com a Luz...”