O Caminho do Trabalhador da LUZ (2)

domingo, 28 de agosto de 2011

Na vida de toda e qualquer pessoa existe um momento em que ela se defronta com a escolha entre a sombra e a luz. A sombra representa a entrega ao autojulgamento, ao ódio de si mesmo, a pensamentos negativos e ao medo. A luz representa a abertura para a bondade, o perdão, a alegria e a abundância que são verdadeiramente a marca da divindade. A escolha depende de cada um.

Mesmo que o mais lindo anjo lhe acene, convidando-o a liberar o passado e entrar no ‘Reino de Deus’, fundindo-se novamente com a centelha de Luz que você é, a decisão depende de você. Se estiver imerso em imagens profundamente negativas de si mesmo ou de outra pessoa, se estiver sob o domínio do medo e da raiva, talvez você nem repare no anjo. Na verdade, o anjo da cura sempre está perto de você. Ele é o seu Eu Superior ou Eu Verdadeiro, sua divindade tentando relembrá-lo de quem você é.

Algumas vezes na sua vida, você encontra pessoas que fazem o papel do anjo da cura por algum tempo. Pode ser que nem estejam conscientes disso, mas elas o ajudam a se lembrar de quem você realmente é. O modo com que elas o escutam ou falam com você permite que uma centelha do seu Eu Verdadeiro repentinamente penetre a sua consciência e você se sinta alegre e inspirado depois de estar com elas. Isto pode inspirá-lo a escolher a luz, e tomar decisões na sua vida que sirvam ao seu Eu Superior, à sua paixão e amor pela vida. A presença do anjo pode servir como um lembrete, e pode ser a chave para a mudança na sua vida, mas mesmo assim, a decisão de confiar e dar um salto de fé é sua. Só você pode fazer o milagre acontecer!

Você deve ter encontrado anjos de cura na sua vida, e provavelmente deve ter sido um anjo de cura para os outros em diversas ocasiões, mesmo que não soubesse disso. O ponto importante aqui é que isto é o trabalho de luz. Não se trata de curar ou consertar as pessoas, não se trata de lhes oferecer soluções para os seus problemas, não se trata de lhes ensinar certas habilidades ou conhecimentos ou regras de ética. Todas essas ações pressupõem que lhes falta alguma coisa, que elas são pequenas e indefesas. A cura espiritual vira esse quadro de cabeça para baixo.

Se você tem a intenção de oferecer cura espiritual para uma pessoa, o que você lhe oferece é realmente uma mudança de percepção. Em vez de se concentrar nos problemas dela, nas suas questões e nos seus sentimentos de impotência, você se concentra na essência da pessoa, na sua inteireza, na sua beleza radiante. Se existe alguma coisa que um curador espiritual pode oferecer, esta é a dádiva da verdadeira visão. Se você for capaz de olhar através da dor, da raiva, do medo e do comportamento autodestrutivo de uma pessoa e enxergar o anjo de luz em seu rosto, você lhe oferece algo muito precioso. Ao enxergar a essência verdadeira da pessoa, você invoca essa essência e a convida a se apresentar. Perceber o verdadeiro poder e a luz interior de um ser humano, mesmo quando eles não se mostram na superfície, é como chamá-lo por seu nome verdadeiro. Não há nada mais poderoso do que ser chamado por seu nome verdadeiro.

O que eu fiz, quando realizei as supostas curas milagrosas, durante a minha vida na Terra como Jesus, foi entrar em contato com a essência divina das pessoas. Quando eu enxergava e sentia a centelha divina em alguém, essa essência despertava e era ela que realizava a cura, não eu. A recordação da própria divindade é que restaurava a saúde mental e até mesmo física daquelas pessoas. Esses encontros nem sempre resultavam em cura, porque sempre dependiam do indivíduo abrir-se ou não para a cura. O milagre estava nas mãos do interessado, e isto é importante lembrar sempre que você trabalhar com pessoas com o propósito de cura.

Toda cura espiritual vem de dentro. Você não cura ninguém como trabalhador da luz. Você cria um espaço de abertura, de não-julgamento, que convida o outro a olhar para si mesmo de uma forma aberta e compassiva. Em vez de tentar resolver qualquer problema externo, você contata a alma do outro e mantém uma visão de confiança e clareza para ele. Esta é a forma de ser do trabalhador da luz. Você tenta devolver ao outro a sua própria grandeza, em vez de se concentrar na sua pequenez. Trabalhar com uma pessoa no nível da alma significa mostrar-lhe a responsabilidade que ela tem por sua própria vida. Se você fizer isto amorosamente e sem julgamento, a pessoa não vai sentir que essa responsabilidade seja um fardo; vai sentir que assumir a responsabilidade é libertador e que a ajuda a reassumir o seu poder pessoal. Ao acreditar realmente nos poderes criativos do outro, você espelha a própria força dele através dos seus olhos e palavras. Concentrando-se no que é inteiro e puro no outro, você reforça isso nele.

Você só pode fazer isso se acreditar verdadeiramente que é possível. Se, em algum nível, você duvidar que o outro seja capaz disso, confirmará o sentimento de fraqueza da pessoa, em vez de invocar sua força. Você é mais poderoso como curador quando confia plenamente na capacidade do outro de resolver seus próprios problemas e abandona qualquer ideia de que ele seja dependente de você. Talvez você sinta que devolver a responsabilidade para o outro desta forma significa abandoná-lo ou dizer-lhe que resolva suas questões por si mesmo. Entretanto, desfazer os laços de dependência não quer dizer que você não esteja mais à disposição do outro para ajudá-lo. Você continua lá, mantendo sua fé na verdadeira força e poder interior dele, encorajando-o a ultrapassar suas limitações auto-impostas e ser tudo que ele pode ser. Mas ele é que vai decidir o que fazer com o espaço de cura que você lhe oferece.

Sei que muitas vezes é difícil ver outras pessoas sofrerem, especialmente quando são seus entes queridos. Pode lhe parecer impossível parar de “ajudá-los”, se desapegar deles e pôr sua energia em outro lugar. Mas, por favor, pare por um instante e pense se você está realmente ajudando-os desse modo. Se eles dependem da sua energia de bondade e apoio para se sentirem bem, como poderão algum dia enfrentar a falta de bondade e apoio deles mesmos em relação a si próprios? No nível da alma, você pode estar reforçando a fraqueza deles em vez de despertar seu verdadeiro poder interior. Isto afeta a ambos negativamente.

Ser um trabalhador da luz ou curador espiritual significa procurar se conectar com os outros de alma para alma. No nível da alma, todos os seres humanos são iguais e ninguém está à frente de ninguém. Todos são centelhas da existência que vocês chamam de ‘Deus’. No nível humano, pode parecer que uma pessoa seja mais entendida, evoluída ou sábia do que outra. Mas, da perspectiva da alma, este tipo de julgamento torna-se obsoleto. Todas as almas estão viajando através do universo infinito e passam por vários ciclos de experiência e crescimento. Pode ser que você esteja ajudando alguém que está sofrendo de grave desequilíbrio emocional, devido às circunstâncias muito difíceis que encontrou na vida. Pode ser que, neste ponto do tempo, você seja aquele que está oferecendo ajuda. Mais tarde, porém, quando esse ser sofredor tiver recuperado sua força, ele pode se tornar seu professor e lhe mostrar sabedoria e compaixão tão profundas, que o surpreenderão.

Para oferecer cura espiritual ou ser um trabalhador da luz, é importante ter sempre em mente que você é igual aos outros no nível da alma. É essencial que você reconheça a sua própria humanidade e que você está realmente no mesmo barco que os outros. Você pode estar mantendo um espaço de luz e compaixão para alguém, mas isto não o torna diferente dele, no sentido de “ser superior” ou “estar acima” dele. Não se identifique com “ser um trabalhador da luz”. Se você se sente atraído para ajudar as pessoas a descobrirem o verdadeiro poder que existe dentro delas, siga sua paixão e faça o que você ama fazer.

O trabalho de luz pode tomar todos os tipos de formas; ele certamente não se limita a oferecer terapia. Geralmente, se você fizer o que realmente ama fazer, verá que inspirará os outros a fazer o mesmo. Ser uno com a centelha de ‘Deus’ no seu coração o conduzirá naturalmente para o tipo certo de trabalho ou de relacionamento ou de lugar para morar. Viver a partir do coração é realmente muito simples. É se conectar com o desejo do seu coração, sua alegria verdadeira, e ousar agir de acordo com isso. É isto que o torna um trabalhador da luz, e não necessariamente o fato de “ajudar outras pessoas”. Porque, ao trazer para o mundo a canção exclusiva da sua alma, você inspira outras pessoas a também acreditarem em si mesmas e a trazerem o melhor de si para o planeta. A luz se irradia naturalmente para fora. Você não precisa se preocupar sobre como difundir a luz no mundo. Não tente ser bom e útil. Tente viver de acordo com sua natureza divina e única, e o mundo será um lugar melhor por causa disso.
EU SOU Jeshua.

© Pamela Kribbe 2011
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