Junto com a ilusão de que somos livres, existe a ilusão de que somos diferentes. Parece uma contradição, mas não é.
Somos únicos dentro de nossa consciência multidimensional, mas dentro da visão limitada da “Zona Livre de Embaraços” existem “diferenças” sem fim, que nós chamamos dogmas que, na verdade, não são diferentes. David Icke passa a fazer uma comparação dos métodos de terrorismo [para incutir medo] aplicado pelas religiões católica, judaica e islâmica, visando todas o mesmo fim: manipular os fieis, via medo. Todas dizendo que Deus está de seu lado, e portanto elas podem praticar a matança das pessoas entre si, em nome de Deus. Existe um tema comum nessas religiões: atemorizar a população para fazer ela se conformar aos seus ditames. Ninguém “nasce” um cristão, um judeu ou um muçulmano. As pessoas são condicionadas para se tornarem um cristão, judeu ou muçulmano após seu nascimento.
Nós continuamos a acreditar demais e pensar de menos. Intuitivamente, nos “sentimos” menos ainda. A rigidez e a manipulação das “crenças” [dogmas e preconceitos] é a forma como somos controlados. Os conflitos através das eras não têm sido entre opostos, mas versões do mesmo estado mental: o desejo de controlar os outros. Além das religiões, pode-se citar, por exemplo, os esquemas políticos: o Comunismo [extrema esquerda] não é diferente do Nazismo [extrema direita]. A extrema esquerda, simbolizada por Josef Stalin, acredita em controle centralizado, ditadura militar e campos de concentração. A extrema direita, simbolizada por Adolf Hitler, acredita em controle centralizado, ditadura militar e campos de concentração. Conseguiu ver diferença? Claro que não. Comunismo e Nazismo não lutaram pela liberdade na Segunda Guerra Mundial; foi uma guerra para decidir qual aspecto do mesmo padrão de pensamento iria controlar as terras da Europa Oriental.
Em todas as “Zonas Livres de Embaraços” dos dogmas religiosos, políticos, “científicos” e econômicos você encontra estes não- opostos brigando e condenando-se entre si. A velha tática de dividir para governar sobre todos. Não se pára uma ditadura com outra ditadura. Você não pára a violência com violência. E você não elimina o ódio com mais ódio. Você apenas dobra o ódio. Nem você remove divisões abanando sua bandeira, colocando os desejos de seu país acima das necessidades dos outros do planeta, e dizendo que sua pátria e população é a melhor do mundo.
Você pára uma tirania com liberdade para todos; você termina a violência sendo pacífico; você elimina o ódio com amor; você termina o dogma com liberdade de expressão; e você remove as divisões compreendendo que todos nós somos UM – todos aspectos da mesma consciência infinita que chamamos Deus.
Dentro da “Zona Livre de Embaraços” existe muito poucas diferenças entre as pessoas, em suas atitudes básicas e respostas. As pessoas são aspectos do mesmo rebanho. É fora da Zona que descobrimos nossa verdadeira situação única. No interior, as “diferenças” precisam ser fabricadas para nos presentearmos com a ilusão de escolha e de variedade, caso contrário iríamos logo perceber que a humanidade é um conjunto de pensamentos programados e uniformes. Esta é a razão para os “iguais” serem apresentados como “opostos”. Opostos não brigam entre si. Os não-opostos brigam entre si. O oposto do desejo de brigar e de se impor é o desejo de amar e de libertar. Estes opostos não podem brigar porque um irá sempre se recusar a fazer isso. Portanto, quando você ver conflito físico e verbal isto será sempre entre aspectos do mesmo estado mental – não-opostos – e nunca entre opostos. Aqui reside toda a base do dividir-e-governar: criar divisões com “diferenças” fabricadas, não existentes, e , então, por as partes uma contra a outra.
a. Ela entrega a outros sua mente e entrega a outros sua responsabilidade e poder de pensar por si mesma.
b. Ela é consumida pelo temor, especialmente o medo do que a outra pessoa vai pensar de você – o medo de ser diferente e único.
c. Ela procura impor seus dogmas sobre todos e nega o direito de cada um de nós de ser diferente e de ter nosso ponto de vista próprio e único.
Em vista disso, para escapar da prisão global é óbvio:
a. Pensar por nós mesmos e recusar que outros nos digam o que fazer, ser ou dizer.
b. Sumir com o medo, já que o medo é nossa criação. Não precisamos ter medo, se escolhermos isso. Não precisamos esconder nossa unicidade, se escolhermos isso. Podemos facilmente fazer uma outra escolha.
c. Respeitarmos nosso direito próprio de acreditar naquilo que escolhermos e, crucialmente, respeitarmos o direito de todo mundo fazer o mesmo, livre de pressão, de ridículo, condenação e imposição de qualquer espécie.
Nestas poucas sentenças você tem os meios para transformar este mundo, de uma prisão para um paraíso. Nenhum revolver precisa ser disparado, nenhuma trincheira precisa ser cavada, nem mais um movimento político precisa ser criado. Tudo que precisa é que você respeite o seu direito de ser diferente e de respeitar o direito de todos de ter essa mesma liberdade.
Sim. É só isso.