As três partes

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Nossa mente se divide em três partes: o superconsciente, o consciente e o subconsciente.
O superconsciente, é nossa parte espiritual. É aquela parte que, não importa o que esteja passando, é sempre perfeita. É a parte que sabe sobre tudo, tem bem claro quem é em todo momento.
O consciente é a parte mental, o que nós chamamos de o intelecto. É um aspecto muito importante de nós, porque é a parte que tem a capacidade de escolher, já que dispomos de livre-arbítrio. Em cada instante de nossa vida estamos escolhendo. O que escolhemos? Escolhemos se vamos reagir e nos agarrar com o problema ou se preferirmos soltá-lo e deixar que o resolva aquela parte nossa que sabe o que deve fazer. Também escolhemos se vamos aceitar que não sabemos nada (e que não precisamos saber) ou se preferimos pensar que nosso conhecimento é melhor que o de Deus e que podemos resolver tudo sozinhos e por nossa conta. O consciente é a parte que decide se opta por assumir 100% da responsabilidade e dizer: “Sinto muito, me perdoe por aquilo que está em mim que criou isto”, ou apontar com o dedo e jogar toda a culpa no outros.
O intelecto não foi criado para saber. Não necessita saber nada. O intelecto é um presente, o presente que temos de escolher.
O subconsciente é nossa parte emocional. É a criança interior. Esta é a parte que armazena todas as lembranças na memória. Esta parte muito importante nossa é descuidada constantemente e é também a responsável por tudo aquilo que manifestamos em nossas vidas. Esta é a parte que dirige nosso corpo, a que respira automaticamente sem que tenhamos que “pensar” em respirar. É nossa parte intuitiva. 
Alguma vez notaram que nos sentimos nervosos e não sabemos por que? O subconsciente nos alerta (se prestarmos atenção) quando estamos em perigo. Se estivéssemos mais atentos a esses sinais do subconsciente, poderíamos evitar muitos eventos desagradáveis. Esta é a parte mais amiga que podemos ter. É muito importante que nos comuniquemos com ela. Devemos aprender a amá-la e cuidar dela muito bem.
Uma vez que decidimos trilhar pelo caminho de nos tornarmos responsáveis e conscientes, nossa criança interior fará a limpeza por nós automaticamente sem que tenhamos que pensar. 
É de extrema importância escutar esta criança interior, a aprender como se comunicar com ela, como cuidar dela e, sobretudo, como trabalhar com a nossa criança interior para “soltar”, para liberar os problemas do dia a dia sem nos apegarmos a eles.
No livro O Ensino, Buda diz: “Embora um homem vença a milhares de homens nos campos de batalha, só aquele que vence a si mesmo ganhará sua batalha”.
O lado espiritual do ser humano é aquele que denominei de superconsciente. Essa é a parte nossa que tudo sabe, que tem contato com o transcendental. Muitas vezes esses contatos não acontecem porque os canais estão obstruídos. Nossas crenças, programações, as agitações da mente e da vida obstruem esse canal de fundamental importância para nossa realização e para descobrirmos nosso verdadeiro caminho.
Nossa mente racional que a tudo julga e analisa é o que chamo de consciente ou intelecto. O consciente é importante, pois é com ele que escolhemos, e a todo instante estamos fazendo escolha. Com o consciente controlamos nosso presente mesmo que não nos demos conta disso. E automaticamente estamos plantando a semente do futuro.
O subconsciente é aquela parte do cérebro que registra todas as nossas experiências. Os maus tratos da infância, as coerções mentais, crenças e complexos que nos forma inculcados. Tudo está registrado no subconsciente. Estão lá nos limitando e sabotando. É por isso que está relacionado com a criança interior, com a qual precisamos nos comunicar a fim de liberar essas programações mentais que nos prejudicam.
Mabel Katz, “Ho’oponopono - O Caminho mais Fácil”.