Ser normal não é natural (2)

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Ninguém quer ver que a vida deu tudo, está cheia de cor, de originalidade, de vibração, cheia de força, cheia de possibilidades. 
Mas, na cabeça, vocês querem ser normais. Sofrem da doença do normal. Normal é descolorido, minha gente! Normal é sem cor. Normal é um número na multidão. Você quer ser um número na multidão, é? Será, minha filha, que isso vai satisfazer o seu espírito? Se satisfizer, está bom. Mas se você está com tédio, se sofre de insatisfação na vida, é porque você é normal. É cheia de tapeação com as coisas materiais.

- Ah, porque eu trabalho para viver, para sustentar, para criar os filhos e tal...

E é aquela vida descolorida, sempre igual. As pessoas assim ficam sobrando pelos cantos da vida, feito zumbi. E depois ficam aí sofrendo na mente social encarnada, nessa danação na Terra, seguindo os normais. Enquanto o seu espírito interior, sua alma, seu ser essencial tem que esperar você se cansar dessas besteiras para despertar para si e emancipar-se para seguir os planos que a natureza arquitetou para você. Muitas vezes é o sofrimento que desencanta as besteiras do mundo para que a alma possa se libertar e ser feliz, porque ninguém pode ser feliz negando Deus dentro de si, negando a sua essência, a sua natureza. Não importa, minha gente, o discurso que você faz, as histórias que você conta. Se age contra a natureza, o resultado é dor e sofrimento. 
Fica copiando os outros, sem entender que ser espiritual é ser a gente mesmo. É aceitar Deus em nós. O que é Deus em nós, minha filha? É você mesmo do jeito que você é, com as suas esquisitices. O que você chama de loucura nada mais é do que as características que Deus lhe deu: a cara, a mão que Deus lhe deu. O que você pensa que é? 
Se quer deixar de ser macaca, pare de copiar. Como é que você quer ser espiritual, se é macaca? Uai, você não gosta de ver que é macaca, mas é! Não pode ver as coisas dos outros que já quer: 
- Ah, que bonito, também quero. 
É macaquinha, tola, com uma vida pobre, pequena, cheia de coisa ruim. Vamos levantar e entender, de uma vez por todas, que honrar a vida em nós é uma necessidade para criar o sucesso, de harmonia, de paz interior, de elevação, de crescimento e de desenvolvimento. Para que você tenha a realização, a felicidade e a posse dos tesouros que a natureza lhe deu e não que negue. 
O povo que quer consertar a obra divina só pode ter problema. Você acha que não? Aposto que você tem muita coisa que não solta, que prende: 
- Ah, Calunga, se eu for assim, vão dizer que sou louca. Se eu for assim, vou perder o meu emprego ... 
Essas bobagens que você pensa. Acha que se louvar a Deus, Deus vai abandoná-la? É você que abandonou Deus para ser igual aos outros, para se enganar. Depois perdeu tudo o que Deus pode lhe dar. Quando louva a Deus, assumindo a sua verdadeira pessoa, você põe Deus do seu lado, põe Deus e as facilidades do Universo divino a seu favor, porque o Universo divino está cheio de facilidades, de forças, de poderes que podem trabalhar para nós. Mas se a gente está contra ... Uai, depois fica se queixando que a vida é dura, que não tem isso, não tem aquilo ... Mas você é contra, minha filha. Quer parecer bonitinha para os outros, em vez de honrar a sua natureza. Depois que você fica igual a todo mundo e que ninguém liga mais para você porque você é uma igual, é uma qualquer na multidão, um nada, fica aí: 
- Ah, fui rejeitada. Ah, esse mundo é cruel e ninguém liga para ninguém. Só os ruins têm dinheiro, têm destaque ... 
- Ah, que conversa feia. Não mostre assim sua degradação. Fica feio exibir a sua ignorância por aí. A gente fica olhando a vida curar: o povo no leito da dor, largando qualquer vaidade. No sofrimento, a gente vai vendo que nada vale a pena, porque a dor nos chama para a verdade, para nos tirar da ilusão e da vaidade. Fico só olhando o trabalho da vida em cada um. Como a vida corrige as loucuras da gente, as bobagens e as ilusões. 
Quando a gente vê a pessoa que é muito si mesma, que assume sua natureza interior, que leva para a frente, pode crer que chegou lá porque já passou, já se desiludiu: 
- Besteira essas vaidades do mundo. O negócio é ficar em paz com a minha natureza, é ser o que se é. Deixa eu também não ficar me incomodando com o criticismo dos outros. 
Quem é natural não é normal. Quem está do lado de Deus e da natureza não é normal. 
Mas que é engraçado, é! É um planeta de macaquinhos. Só não ficam pendurados em árvores, mas andam de carrinho pendurados nos elevadores. É, realmente, tudo macaquinho! 


Calunga, "Tudo pelo Melhor".