Novos pontos de vista

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Só é próspero quem tem mentalidade próspera.
Será que somos capazes de enxergar a vida de outra forma?
Você ficaria chocado se eu lhe dissesse que o sucesso é uma questão individual e não social? Ficaria, ou não?


Brasil é o país das vítimas
O Brasil é o país dos coitadinhos, das vítimas e do paternalismo. O “dá pra mim” e o “faz pra mim” são expressões utilizadas constantemente pelas pessoas. Aqui todo mundo gosta de levar vantagem, de ser o primeiro, de ser o mais considerado, de furar a fila dando uma de esperto, e, para isso, usa o papel de coitadinho para conseguir seu intento. Esse modo de atuação acaba funcionando, porque alimenta a vontade que certas pessoas têm de se mostrarem maravilhosas diante dos outros.
Essa mentalidade do coitadinho acaba por afetar a economia do país, pois o vitimismo é o culto das desgraças e, sendo assim, só pode produzir desgraças.
Se a pobreza é vista apenas como injustiça social, os ricos são responsáveis pelos desfavorecidos, sempre considerados coitadinhos e explorados. E o indivíduo rico, que não ajuda os necessitados, não é bem-visto, pois “quem dá aos pobres empresta a Deus”. Partindo desse princípio, as pessoas com necessidades são vistas como seres humanos incapazes de passar por um processo de desenvolvimento que possa transformá-la em indivíduos autossuficientes.
Embora a Natureza não condene ninguém, a religião instigou no homem a crença no pecado. Ao mesmo tempo, passou a ideia de que o acúmulo de riquezas pode ser sinônimo de avareza, tentação e egoísmo. Mas na verdade é que a igreja, no final das contas, fica sempre com as maiores fortunas para manter seu poder. Hipocrisia e nada mais.
Paternalismo
A grande moda do século XXI é o socialismo em suas múltiplas formas, querendo superproteger o povo, enfraquecendo a sua vitalidade natural que é a fonte de toda evolução e revolução social.
O "PF", para VOCÊ, está ótimo!
Essa ajuda paternalista gera como consequência menos responsabilidades e menos estímulo para que as pessoas façam algo por si mesmas, desenvolvendo as riquezas que a natureza semeou dentro de cada um. Ao mesmo tempo, discrimina os coitadinhos, tornando-os mais incapazes e inferiores sem uma real possibilidade de ascensão social. É uma falsa ideia e ajuda perpetuar a impotência.
Os coitadinhos, por sua vez, consideram que os outros têm que ajudá-los e serem compreensivos e complacentes. Com isso, não se movimentam interiormente para garantir seu próprio progresso, permanecendo numa atitude infantil de independência. Só uma pessoa que se recusa a crescer e ser responsável por si pode aceitar o domínio paternalista de alguém.
Protecionismo
Acredito que a reivindicação é um direito e uma necessidade natural da sociedade, mas entendo, também, que os direitos devem ser proporcionais aos méritos.
Na verdade, tanto o paternalismo como o protecionismo reforçam o vitimismo e a incapacidade do homem. No Brasil, a vítima é bastante popular, porque, de um modo geral, acredita-se mais na carência do que na abundância.
Você se faz de "coitadinho"?
Como pessoas que nascem na pobreza chegam à riqueza? Como pessoas privilegiadas, numa família abastada, chegam à pobreza? A sorte e o azar são argumentos populares mais usados para explicar esses fatos. Isso não é verdade. A sorte e o azar não existem, pois seria o mesmo que acreditar que o acaso é o responsável pelo funcionamento do Universo e pelo andamento de sua vida. Como se ela fosse um barco à deriva sem nenhuma inteligência para comandá-la.
Nós podemos rapidamente definir uma pessoa rica como aquela que tem muitas posses materiais e vive bem; a pobre vive uma experiência oposta. E isso não é mentira, não. Mas existe algo além dessa definição corriqueira. Eu diria que o pobre é pobre mesmo porque pensa pobre. Seu universo pobre mental é pobre, mesquinho. As qualidades de seus pensamentos são pobres. Pobres na generosidade, no amor, no afeto, na confiança e na força. Acreditam na carência de seu próprio valor, de seus dons e talentos. Pobre é, também. Pobre de espírito, pois se nega como parte do poder Universal e não enxerga como oportunidade as situações que a vida lhe apresenta. Ser pobre é não enxergar o próprio valor, e não usar o próprio potencial, e não aproveitar as oportunidades na vida para desenvolver os talentos pessoais.
Rico é quem acredita que é
Eu sou merecedor!
A riqueza existe dentro e fora de você, mas só vai se manifestar em sua vida quando você acreditar que tem direito a ela, criando pensamentos prósperos, saudáveis e harmoniosos com a Natureza.
Acredito que se houvesse uma distribuição igualitária da riqueza, a questão da pobreza não seria resolvida. As pessoas usariam a riqueza de acordo com suas capacidades e após algum tempo haveria novamente ricos e pobres. Os de mentalidade próspera multiplicariam o dinheiro, enxergariam chances de progredir; os demais, com certeza, perderiam tudo.
No Brasil, parece que só o pobre é considerado trabalhador, sofredor e oprimido; o rico não. Parece, também, que os esforços de todo trabalho que levou a pessoa à prosperidade, não são reconhecidos. Os valores estão invertidos. Neste país, faz-se mais críticas do que elogios às pessoas prósperas e bem-sucedidas.
Ouço muitas pessoas dizerem que gostariam de ter uma vida mais abastada, com mais dignidade e mais liberdade. Mas o que fazem para obter o que desejam? Será que creem firmemente que podem ter o que anseiam? Na verdade, todos nós temos muitas maneiras de condicionar a mente e alcançar tudo o que queremos, mas como preservar o que vamos conquistar?
As leis são exteriorizações de um sentimento interno. Se as pessoas não tiverem maturidade para compreender os benefícios advindos das leis e teimaram em viver “levando vantagens” em cima dos outros, essas leis permanecerão sendo apenas frases impressas no papel.
No Brasil acreditamos que o pobre está no reino de Deus, pois Seu reino é dos pobres. Ser pobre é ser considerado bondoso, espiritualizado; viver na pobreza nos faz dignos de ingressar no reino dos céus. Quem é rico é visto com desconfiança e desprezo, pois vive entregue às tentações da riqueza e, por isso, corre o risco de ser desviado do caminho dos céus.
Riqueza é espiritualidade
Outro conceito enganoso, mas bastante difundido, é o de que o pobre é humilde, e o rico, arrogante, Ser humilde não é ser o último da fila, não é ser servil. Isso é degradação.
A humildade independe da condição financeira. Ser humilde é saber observar as coisas sem ilusões, é desenvolver uma percepção objetiva e um senso de ordem, espaço, tempo e medida. É, enfim, a capacidade de focalizar a consciência integralmente.
Cada um de nós atrai um lar, um momento ou uma situação de acordo com a qualidade de nossos pensamentos. Por isso, ninguém nasce em berço esplêndido, ou em favelas, por acaso.
Porém, alguns ainda persistem com a visão de que carma significa pagar por crimes, ou pecados, e que a miséria é uma punição de Deus pelos abusos cometidos em outras vidas e que nada se pode fazer até que se salde a dívida.
Assistencialismo e promoção humana
Prosperidade é promoção humana. Durante muitos anos, trabalhei com indivíduos carentes e pude perceber que ajudá-los simplesmente, fortalecia a hipnose – de vítima – em que se encontravam. Por isso, fiz uso da lei de “ensinar a pescar sem dar o peixe”.
Enquanto o indivíduo estiver se sentindo vítima das circunstâncias, da sociedade, ou do governo, ele não conseguirá se promover. E você se sente vítima do que?
Livre-se da vítima, já
Somos constantemente ameaçados pelo desânimo, desespero, e angústia, mas podemos reagir. Não vamos mais aceitar a posição de vítima. Quando reagimos, aprendemos e lucramos. Tudo é conquista. E o que cada um precisa é construir uma atitude mais positiva e progressista.
A vida não quer abstinência, sofrimento, nem escassez. Ela nos proporciona os meios para evitarmos isso. Permita, então, que as riquezas entrem em sua vida. Riquezas intelectuais, artísticas, criativas e também financeiras. Riquezas são conquistas alcançáveis quando você possui uma mentalidade próspera
Luiz Antônio Gasparetto, “Faça Dar Certo - Cap. 1”.