Daí, ficamos sempre em conflito com nós mesmos. Será que aquele “adeus” é um “adeus” definitivo ou temporário? Ou será que o “adeus” é um “adeus” de alegria ou de tristeza? As emoções se confundem dentro de nós, pobres palhas. Pobres doutores, besteirologistas, que vivem na eterna corda banda entre a “alta” e o “até breve”.
Esse mês de junho, por exemplo, foi particularmente um mês de sentimentos conflitantes. Tivemos algumas despedidas que geraram alegrias saudosas e outras que revelaram saudosas alegrias, se é que vocês nos entendem. Tivemos, também, momentos de grande tristeza, como a partida de uma paciente que acompanhávamos desde que iniciamos nossas atividades besteirológicas nesse andar. Essa partida, com certeza, deixou uma saudosa lembrança, mas que buscamos focar nos momentos em que nos divertimos juntos.
De outro ponto de vista, tivemos algumas partidas que nos deixaram tristemente alegres, como foi o caso da alta do P., que encantou a todos com sua espontaneidade. A alta do E., além de tristemente alegre, já tinha um toque romântico. Ele nos deixou com o coração totalmente derretido, como manteiga no pão quente, ao ouvirmos da sua boca um doce “Eu te amo!”.
É isso, caros amigos. Estamos à procura de alguma sugestão para viver em meio a esses conflitos. De vez em sempre nos pegamos às voltas com “Qual a melhor cor: azul ou amarelo?” ou “Qual o melhor doce: uvinha ou queijadinha?” ou ainda “Quem é mais inteligente: o Micolino ou a Baju?” E você? Vai dizer que não tem conflito?! Pois é, ema-ema-ema, cada um com seus problemas!”