Somos divinos

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Você é LIVRE para SEMEAR...
O Espírito Uno é infinitamente justo. Ele é tão justo que deixa para eu, para você inventar as leis. Ele não condena nem absolve ninguém. Deixa essa tarefa para gente. SE nos condenarmos, teremos que pagar. SE nos absolvermos teremos a liberdade.
Toda lei que você inventar ou toda a lei que acatar dos outros, você estará submisso a ela
Faça suas próprias leis, mas faça-as brandas. Não seja tão rigoroso para com você. Faça leis que o liberam e não que o acorrentem. Tudo está NO SEU aparelho mental. Todo poder está em suas mãos.
Antropomorfismo
Deus não é antropomorfo, ou seja, não tem a forma humana, e muito menos é do sexo masculino. Todo esse desvirtuamento da figura e do comportamento do Poder Universal deve-se ao fato de a gente ligar a imagem e o comportamento dEle aos dos nossos pais. Se você prestar atenção vai constatar que a forma de obedecer, de agir com seu pai é muito próxima da que você usa em relação a Deus. Quanto mais autoritária a figura paterna para uma pessoa, mais rigoroso e autoritário se afigurará Deus para ela. E por que a figura paterna e não a materna? Porque Deus sempre foi tratado como sendo do sexo masculino. A própria oração diz: Pai nosso que estais no céu...
Os seres humanos fizeram Deus à imagem e semelhança deles, dando-lhes esse aspecto antropomorfo com as atitudes de seus pais. Quanto mais autoritária a figura paterna mais autoritário, temível, distante é a figura de Deus. As pessoas que têm seus pais mais compreensivos e brandos têm uma visão de Deus correspondente a esses aspectos.
Meu encontro com o diabo
O deus Pan
Felizmente esse Deus não existe. O diabo, por sua vez, também não. Tampouco assume aquela figura patética e hilária com que o representam. O surgimento da representação do diabo com pés de cabras, chifres, rabos e às vezes como um bode preto deu-se pela importação, por parte da Igreja, da figura do deus Pan da mitologia grega. Pan era o deus dos bosques, das florestas, dos caçadores, dos pastores, dos rebanhos, tendo torso, cabeça e pernas humanos, chifres e orelhas de bode. Seu nome em grego significa tudo, e nele era adorada toda a natureza. Havia o grande deus Pan e os panzinhos, elementais que tocavam uma espécie de flauta pelas florestas, pelos bosques e campos e eram responsáveis pela harmonia da natureza e pelo sucesso das colheitas. Era uma coisa belíssima.
Todavia, com o intuito de desviar as pessoas dos cultos dos deuses PAGÃOS e arrebanhá-las, durante muito tempo a Igreja vinculou a figura do diabo à do deus Pan, primeiro nas cidades, e só posteriormente nos campos, porque o plantio ainda dependiam das práticas xamânicas pelas quais os campesinos se comunicavam com os elementais.
Para que possamos assimilar melhor o sentido de diabólico ou demoníaco, precisamos falar do conceito de eternidade. ETERNO não é um tempo infinito no futuro, mas A AUSÊNCIA DE TEMPO, isto é, um continuum, um existir infinito para trás e para a frente; a razão da existência do tempo deixa de fazer sentido, como sugere o pensamento científico, e que cada um de nós está viajando, existindo, nessa linha, a ideia a respeito do que chamamos diabo fica clara.
Estamos aqui onde estamos, experienciando o que estamos experienciando, e seguiremos para sempre na transformação. Não há como deixar de ser uma Consicência que se expande num continuum. Hoje posso estar reencarnado neste mundo, neste planeta, e daqui partirei para tantos outros mundos, planos, com frequências vibratórias diferentes. Assim, fica fácil deduzir, entender mais os propósitos do Grande Espírito.
Desta maneira, pude entender o que era o diabo, ou seja, pessoas em estados temporários e que se demoram NA EXPERIÊNCIA da violência, do caos, das trevas, mas que são todos SERES PASSANDO por um processo e que se regenerarão no continuum de SUAS EXISTÊNCIAS. Aliás, muito provavelmente todos nós já estivemos nesse estado, vibrando nesse frequência, pois se percebemos hoje que nossa Consciência está mais expandida que no passado, quer dizer que em algum instante desse continuum estávamos mergulhados na ignorância, no caos, nas trevas. Foi dessa forma que os cientistas descobriram o Big Bang: se o universo está em expansão, significa que um dia ele esteve reduzido ao infinitamente concentrado.
Embora o diabo como foi pintado para nós não exista, quando eu olho para mim, para você e para os outros, percebo que nós temos um lado demoníaco ainda em nós, mostrando bem claro que é apenas um estado que vamos superar, e que ainda estamos superando. Todos nós temos esse lado, que são forças que ainda não sabemos usar com lucidez. Quero dizer que o diabo, ou meu lado ignorante, sempre esteve comigo. Porém, um dia tive que encará-lo.
Aquele diabo, assim como Deus, que era separado do mim, que “vibrava” toda vez que eu sucumbia às tentações, toda vez que julgava alguém, que praticava alguma maldade, etc., aos poucos fui percebendo que fazia parte de mim. O estado diabólico não é um privilégio dos desencarnados. Quando temos inveja, desejos de vingança, culpas, arrependimentos, raiva desgovernada, remorsos, estamos sintonizados na frequência do diabólico. Certo é que todos nós teremos, mais cedo ou mais tarde, que confrontar esse nosso lado atrasado, ignorante, nosso lado preso a valores ainda distorcidos, caóticos, que fazem tanto mal a nós e aos outros.
Obsessão
Um desses males ocorre no processo chamado de obsessão. Quando se afirma por aí que tal pessoa está “com o diabo no corpo”, ou possessa pelo demônio, significa que um ou mais desencarnados que vibram no plano astral inferior encontram-se energeticamente ligados àquela pessoa. Como se dá a desobsessão, também chamada de exorcismo? Com o concurso, aqui no plano físico, de uma ou mais pessoas com a vibração energética muito forte que possuem facilitam o desligamento, e com a ajuda de trabalhadores desencarnados também, esses obsessores são retirados e isolados temporariamente. A intensidade do trabalho de desobsessão vai depender da intensidade da ligação psicoenergética. Quando ocorre o processo da obsessão? Quando a pessoa SE abandona e constantemente fica reivindicando apoio alheio.
Quem não tem posse de si, fica com SEU poder ao deus-dará, ou seja, em disponibilidade. A pessoa se abandona quando se vê como vítima, quando se vê menor, incapaz, quando é dramática, quando sente culpa e arrependimento. A obsessão não é uma exclusividade do desencarnado. Aliás, os maiores sofrimentos decorrentes desse processo dão entre os vivos, nas famílias, nos relacionamentos amorosos, no trabalho. Os sintomas são os mais variados possíveis, como esgotamento físico, desânimo, quebradeira, tristeza, depressão, toda uma gama de perturbações psicológicas, desinteresse, falta de iniciativa, vontade de morrer.
Perceba aí, neste momento, em quem você está ligado? Você dá muita importância ao que os outros pensam a seu respeito ou para os preceitos sociais? Você é mais você ou mais os outros? Quem domina você psicologicamente? Quem dirige a sua vida? De quem você está querendo o apoio, a consideração, o amor? Ou, ao contrário, quem você está dominando? Por quem você está se responsabilizando? A vida de quem você está dirigindo? É para essas pessoas que está fluindo SUA energia. Ou seja, você está sendo obsediado ou obsessor. E para cortar o fluxo? É SÓ FICA DO SEU LADO, sempre. É SE APOIAR SEMPRE. É TOMAR POSSE DE SI. É convencer-se de que aquilo que os outros pensam a seu respeito SÓ INTERESSA a eles. É deixar de ser dramático. É largar o vitimismo.
NINGUÉM, absolutamente NINGUÉM, seja encarnado ou desencarnado, TEM PODER SOBRE VOCÊ. Eles só aproveitam as brechas que VOCÊ ABRE
Então, como dissemos, o diabo, da forma como aprendemos, não existe. O que existe são os desencarnados, e muitos deles já reencarnados, que ainda não aprenderam a lidar com a Luz e vibram na ignorância, nas trevas. Seu grau de interferência no plano físico varia desde a simples obsessão de um parente recém-desencarnado, até o caso extremo de provocarem devastações no ecossistema do planeta ou uma guerra mundial. Evidentemente, para a Arquitetura Universal tudo isso tem um sentido, que foge ao nosso entendimento.
Sabemos, no entanto, que é uma experiência momentânea pela qual tais desencarnados estão passando, e que um dia perceberão que não vale a pena trabalhar com a dor, com o caos, com as trevas, então terão a oportunidade de sair daquela situação. SEMPRE, sempre terão oportunidades e mais oportunidades. Ninguém será condenado pela eternidade.
Os jardins do Éden são para todos, indiscriminadamente, no seu devido tempo. Por isso que a reencarnação é uma benção. É a oportunidade que cada um tem de desenvolver suas virtudes e faculdades, para cada vez mais abrir a Consciência e usufruir as maravilhas do Criador. Como vimos, o Espírito vale-se da matéria para poder desenvolver nos Corpos essas virtudes e faculdades, e assim, aos poucos, vai tomando consciência de quem é: o próprio Espírito Uno. Tal pai, tal filho.
Luiz Gasparetto, “Revelação da Luz e das Sombras”.