Uma das formas primárias de encobrirmos os nossos medos são os vícios. Os vícios suprimem as emoções, deixamos de as sentir. No entanto, há toda a espécie de vícios além das drogas. Existe aquilo a que eu chamo de os ‘vícios padrão’ - padrões a que recorremos para evitar viver a nossa vida no presente. Se não quisermos lidar com a situação que se apresenta, se não quisermos estar onde estamos, arranjamos um padrão que nos isola dessa realidade. Para alguns é o vício da gula, para outros são as drogas.
Outros sofrem de vícios emocionais. Uma pessoa pode ser viciada em encontrar defeitos nos outros. Aconteça o que acontecer, existirá sempre alguém para jogar culpa em cima de nós. "A culpa é deles. Eles ‘me fizeram’ isto."
Pode ser que tenha o vício de acumular contas. Há pessoas viciadas em dívidas; fazem tudo o que for preciso para estar endividados até os cabelos. E isto, normalmente, não tem nada a ver com o fato de se ter muito ou pouco dinheiro.
Também podemos ser viciados na rejeição. Onde quer que se vá, atraímos as pessoas que nos rejeitam. Temos um jeitinho especial para encontrá-las. Todavia, a rejeição vinda do exterior é um reflexo da nossa própria rejeição. Se não nos rejeitarmos, ninguém o fará e se alguém o fizer, também pouco importa. Faça a você mesmo a pergunta: "O que é que eu não aceito em mim?"
Há muitas pessoas viciadas na doença. Estão sempre com qualquer coisa ou então estão muito preocupadas com a próxima. Parecem membros do "Clube da Doença do Mês."
Se a questão é sermos "viciados", porque não nos viciarmos no amor por nós mesmos? Podemos nos viciar em fazer afirmações positivas ou em fazer coisas que contribuam para o nosso bem.
Louise L. Hay, “O Poder Está Dentro De Si”.