A Jornada dos Relacionamentos

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Antes de lerem este artigo, limpem a sua mente de quaisquer crenças, noções, opiniões ou expectativas anteriores do que significam os relacionamentos para vocês, porque a fim de entrarmos no paradigma dos relacionamentos intencionais e conscientes, devemos começar a partir de uma nova perspectiva. Até agora, os relacionamentos foram colocados no domínio do romance e tendemos a encará-los no contexto de parcerias românticas, mas eles abrangem todas as conexões que temos com cada pessoa, situação e coisa em nossas vidas. Para compreendermos realmente os relacionamentos, devemos começar com a compreensão de que temos um relacionamento com tudo em nossas vidas. E para começar do início, o nosso primeiro, mais importante e o único relacionamento significativo que podemos ter é aquele que temos com nós mesmos.
Há um dar e receber com os relacionamentos, o que compartilhamos com os outros e o que eles compartilham conosco. E tendemos a encarar isto a partir da perspectiva do que recebemos, mas eles realmente começam conosco, com o que nós damos. Toda a nossa energia é refletida de volta para nós nos relacionamentos que temos e isto começa conosco e com os nossos propósitos de cura e cármicos. Embora eles possam parecer complicados e confusos, quando fazemos as questões “certas”, cada relacionamento pode revelar um tesouro de informações sobre o nosso propósito e o que precisamos curar dentro de nós mesmos para termos os relacionamentos satisfatórios e seguros que queremos ter. Toda a alegria, paz, amor e abundância que queremos de nossos relacionamentos podem ser nossos quando vemos os nossos relacionamentos a partir do contexto de nós mesmos e dos dons da cura que eles têm para nós.
Todo relacionamento externo que temos em nossa vida, que são aqueles que temos com pessoas e situações e, de fato, com a própria vida, é um reflexo de nosso relacionamento interno com nós mesmos. Assim, enquanto percorremos a jornada da vida, somos proporcionados com um reflexo de nossa conexão interna com o nosso ego e o nosso espírito. Não é possível explicar a natureza do relacionamento sem fazermos a conexão com o eu e com o Ser. Se tentarmos encarar os nossos relacionamentos sem primeiro fazermos a conexão interna, podemos facilmente entrar na posição de vítimas, porque estamos desconectados da verdadeira causa, natureza e propósito dos relacionamentos, que é descobrir quem somos, a nossa jornada de cura e a nossa jornada para a integridade no corpo, mente, emoções e Espírito.
Qual é o nosso relacionamento com nós mesmos? Como nos consideramos no contexto de nossa vida? Nós nos apreciamos? Estas são as últimas questões que fazemos ou que nunca pensamos em fazê-las e, entretanto, elas são as únicas questões que importam quando falamos sobre os relacionamentos, porque são eles que nos ajudarão a compreender o que está acontecendo com todos os nossos relacionamentos e também determinar que tipos de relacionamentos nós teremos. Quanto mais estivermos dispostos a nos interiorizarmos para responder às perguntas sobre os relacionamentos, mais sucesso teremos com todos os nossos relacionamentos.
Mas muitas vezes olhamos o que está acontecendo fora de nós mesmos, com os nossos relacionamentos com a vida, com os outros e em diferentes situações e quando não somos o que pensamos ou desejamos que eles fossem, achamos que algo está errado conosco. Então tentamos tratar a situação ou a pessoa, mudá-las e a sua energia, na esperança de que elas nos respondam de modo diferente. Mas isto é colocar “a carroça na frente dos bois”, por assim dizer, porque elas não podem ser mais para nós do que somos para nós mesmos. Em outras palavras, elas estão somente refletindo a nossa energia de volta para nós. Se quisermos um resultado diferente, temos que começar com a causa, que sempre somos nós.
Como podemos conseguir que alguém nos veja de forma diferente, nos honre e nos respeite quando já tentamos de tudo? Nós não tentamos e fazer isto é uma perda de nosso tempo e energia. O que podemos fazer é visualizá-las como o que são: o reflexo de nossa energia, e mudarmos o que estamos expressando energeticamente. Então elas têm uma escolha, para mudar e nos encontrar em nosso nível expandido de consciência, ou nos afastarmos e permitirmos que outra pessoa ocupe o seu lugar. E é onde ficamos presos porque queremos manter os nossos relacionamentos, sermos recompensados pelo tempo, emoção e esforço que colocamos neles. A recompensa que buscamos é a gratidão, o compromisso e o amor, mas é uma recompensa que não se materializa. Em vez disto, podemos ser rejeitados, abandonados e nada recebermos, além do amor que buscamos. O que está errado conosco? Nada. O que está errado com a outra pessoa? Nada, eles estão apenas fazendo o que é suposto fazer, que é refletir a nossa energia de volta para nós. E se não nos amamos, nos honramos e nem nos respeitamos, eles também não o farão.
Quando esperamos algo de nossos relacionamentos, estamos colocando a responsabilidade pela nossa cura em alguém ou outra coisa. Então entramos no ressentimento e na consciência de vítima, quando os resultados não são o que esperávamos. Agora, devemos nos fazer uma dolorosa pergunta: qual era a nossa agenda? Porque todos nós temos agendas em nossos relacionamentos, que são as coisas que queremos e esperamos deles. Não nos vemos assim, porque dizemos que queremos o melhor para os outros, mas realmente queremos o melhor para nós mesmos. E não há nada de errado com isto, contanto que sejamos honestos em relação a isto.
Todo relacionamento serve a nossa necessidade de cura, porque este é o nosso principal propósito na vida e nos “relacionamos” com os outros com um propósito energético, embora possa não ser o nosso propósito emocional, que é termos as nossas necessidades emocionais satisfeitas. Mas a cura energética e as necessidades de transformação é o motivo pelo qual escolhemos esta pessoa ou situação em particular, não importa quão tão sem romantismo ou egoísta isto pareça.
Conforme nos tornamos mais amadurecidos espiritualmente, somos capazes de reconhecer a nossa cura e compreendermos aqueles que entram em nossa esfera para nos aproximarmos da integridade. Estes são os nossos mestres e eles nos introduzem a poderosas lições, cujo propósito sempre nos beneficia de alguma maneira, não importa quão desafiador ou doloroso seja o relacionamento. Quando escolhemos como queremos nos relacionar com os outros, equilibramo-nos interiormente e permanecemos ancorados em nosso desejo pela integridade, vemos os relacionamentos sob uma luz inteiramente diferente.
Então podemos definir intenções para os nossos relacionamentos e enquanto houver um propósito de cura, estamos conscientes disto e somos uma parte consciente da jornada de cura, plenamente conscientes do que precisamos e usamos a nossa energia de maneira focada e direcionada que faça com que os nossos relacionamentos nos aproximem da plenitude. Neste ponto nós sabemos que teremos a satisfação emocional que almejamos, a fim de que não nos esforcemos muito para criá-la e então ela virá até nós, sem esforço, envolta nos relacionamentos que nos dão o amor, a honra, o compromisso e a alegria que queremos, sem o drama e o trauma de expectativas não atendidas e o trabalho árduo de tentarmos atender às necessidades de outra pessoa para que ela responda, satisfazendo as nossas.
Jennifer Hoffman (Out./2011).
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