O Efeito Sombra (2)

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Precisamos identificar quais são nossas sombras e aceitá-las. A melhora e evolução é consequência desse primeiro passo.
Quando julgamos alguém, estamos refletindo o que somos nos outros, estamos julgando algo em nós mesmos. Pense bem, já vivemos milhões de vidas, nossas sombras não escondem apenas o que somos hoje, escondem aquilo que achamos imperfeito há milênios. Existem resquícios mal trabalhados em nós há muito tempo.
Por exemplo, pessoas muito moralista, que não aceitam mudanças, sexo antes do casamento, que julgam ou agridem homossexuais na rua ou dentro de suas casas, são sombras que ainda não foram trabalhadas.
Quantos homens extremamente moralistas, bem casados, com lindos filhos, posição machista para o mundo, não se encontram as surdinas com outros homens? A maioria são homens que COMBATEM o homossexualismo com afinco. É um exemplo extremo, não exagerado, mas que nos auxilia a compreender um tipo de sombra extremista.
É o caso de alguém que tenta destruir a tentação do mundo exterior quando essa tentação está no mundo interior, inconscientemente sabemos que ‘o perigo’ “real” está no seu mundo interior. É por isso que ocultamos na sombra.
Em vez de aceitar e reconhecer que nem tudo é negativo, e se animar com pensamentos positivos, a sombra te anima a resistir e se resistir ela persistirá.
Combater não é o caminho, 
mas sim a aceitação.
Nos projetamos nos outros, por isso há tantos ensinamentos que falam sobre não julgar, mas pense, para não julgar precisamos nos lapidar antes, continuaremos a julgar enquanto nos projetarmos no outro. Por isso as pessoas julgam tanto, só vamos parar de julgar quando não mais refletirmos aquilo que achamos horroroso em nós mesmos, que não aceitamos. Quando apontamos o dedo, três deles apontam em nossa própria direção. 
“Se você não se ocupar da sua sombra, 
ela se ocupará de você”.
Temos que desenterrar e reconhecer em nós tudo que está nos causando dor e quando fizermos isso, nossa própria consciência se prestará ao serviço no processo de transformação. Não é combater e sim identificar.
Precisamos ser capazes de reconhecer e expressar todo tipo de dor, se não fizermos isso, essas emoções contidas, se alojarão no corpo e nos fará reagir inconscientemente. As doenças do corpo estão intimamente relacionadas com suas emoções e bem ou mal estar. São as expressões da alma.
Pensar que a saúde está separado de suas emoções está errado, estão mais que conectados.
A obesidade, a diabete, enfermidades do coração, câncer, são todos resultados de moléculas inflamatórias crônicas não processadas, em paralelo com o mundo psicológico, emocionais e experiências.
Cada um de nós está sob um nível de stress, que nos afetam de acordo com nossos filtros, mas não é o que comemos ou bebemos que nos intoxicam, o mais intoxicante são os mesmos pensamentos e emoções que se arrastam por anos.
Nossa cultura nos diz o contrário, entra em jogo a hereditariedade, as fraquezas do corpo de cada um, mas são nossos pensamentos e emoções que afetam os orgãos do nosso corpo.
Reprimir nossas emoções pode parecer uma solução, mas estamos apenas escondendo em outro lugar.
Você é seu maior amigo ou inimigo.
Em todas as situações boas ou ruins, estamos sempre aprendendo.
Duas pessoas podem passar por uma mesma situação de um nível extremo, mas assimilam de forma completamente diferente. A morte de entes queridos, guerras, abandonos, problemas financeiros... Algumas seguem suas vidas de forma extraordinária, enquanto outras se veem presas naquela situação e não seguem adiante.
Tudo se baseia no amor...porque estamos aqui para dar e receber amor. Se você não enfrentar a sua “escuridão” nunca encontrará a luz.
E não adianta pensar que você não tem uma sombra, não é uma doença patológica, todos temos. É o medo que não deixa enxergar. Carl jung denonimou a sombra, como a pessoa que preferimos não ser.
Enfretar a escuridão é aceitar o que somos, aquilo que não gostaríamos de ser mas somos. E o único meio de estarmos em harmonia com o que somos é perdoando.
Perdoe-se! Só aprendemos a perdoar o outro quando aprendemos a nos perdoar.
O PERDÃO nos liberta.
Converse consigo mesmo, nós conseguimos identificar o que está nos causando dor, o que estamos sufocando dentro de nós, converse com seu ego, não lute contra aquilo que você não quer ser, ACEITE. 
O processo seguinte é fácil, a natureza toma seu curso, identifique suas sombras e perdoe, a mudança de comportamento é consequência, essa é a chave para evolução, unir vontade e ação.
Nossa capa exterior, nossas máscaras, nos protegem do mundo, mas nosso verdadeiro tesouro se ‘esconde’ dentro de nós.
Nosso medo mais profundo não é que somos inadequados, mas que somos imensamente poderosos. É nossa luz e não a escuridão que nos assusta, por isso tantos ainda estão presos a arquétipos. Ver a luz “no outro” é mais fácil que ver a luz em si mesmo.
Você precisa identificar, se assumir, se adaptar as mudanças que quer realizar. Você só precisa ser você!
“O ouro que procuramos se encontra na obscuridade”.
Deixe de ser teimoso!
Eu me perdoo por não amar o suficiente
Eu me perdoo por pensar que sou estúpido
Eu me perdoo por me sentir inferior
Eu me perdoo por beber demais
Eu me perdoo por comer demais
Eu me perdoo por odiar meu corpo
Eu me perdoo por não fazer o que penso
Eu me perdoo por gritar com meus filhos
Eu me perdoo por...
Eu me perdoo por...
Eu me perdoo por...
Eu me perdoo.
Eu me perdoo.
Eu me perdoo.
Liberte-se!
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