Conclusão

sábado, 23 de outubro de 2010

O povo não vive a vida, o povo vive o sonho na vida.
Para tentar tornar a nossa vida do jeito que a gente sonha, vamos criando coisas ruins, vamos enchendo o nosso coração de ansiedade, tornando os nossos dias um desfilar de eternos tropeços.
Isso é uma tentativa de distorcermos os caminhos da vida para adequá-la aos nossos sonhos, para vivermos alheios ao mundo real. A vida quer ir para um lado mas a gente a empurra para o sentido contrário. Sonhamos, idealizamos, corremos atrás de ilusões, e só deparamos com decepções, desilusões, frustrações, etc.
Passamos por cima da nossa verdade, renunciamos, sofremos. Adiamos tomar consciência da simplicidade, que é viver o que somos. Adiamos porque um dia o inevitável tem que acontecer, um dia teremos que ceder e nos conformar, assumindo o que é nosso de verdade.
Como vocês correm atrás do que não são, como vocês perseguem a riqueza e o poder... Como vocês se arrastam atrás da beleza, atrás da magreza, atrás da elegância, atrás de tudo o que nem sei mais o que...
Para onde é que vocês estão levando as suas vidas? Que descontentamento é esse? É o materialista correndo atrás das posses. É o espiritualista correndo atrás da ilusão de ser um espírito de luz, sem compreender que para chegar lá há um longo caminho. O pior é que um incentiva o outro para manterem-se no sonho, na ilusão. Um reforça o outro para não desistir. Um reza pelo outro para conseguir materializar os sonhos.
No fim de tudo, todos vão caindo no caminho, todos vão se sentindo derrotados, porque quase sempre os sonhos não correspondem à verdade da vida. É o momento da desilusão, é o momento em que vocês entram em depressão, tornam-se frustrados e não tem nem mais vontade de viver. Uns desistem. Outros ficam na chantagem das promessas. Outros mudam de religião e outros ainda se tornam ateus. 
Mas ninguém se volta para dentro de si e ouve a sua verdade”.
Neste mundo, as pessoas não sabem mais viver de outro jeito, a não ser mergulhadas nos sonhos, nas ilusões.
O caminho da libertação é a aceitação da vida como ela é”.
FIM.

Calunga, "Fique com a LUZ".