O dever real

sábado, 2 de outubro de 2010

Vamos fazer um trato? Ninguém deve nada a ninguém. Ninguém deve explicação a ninguém. Ninguém deve satisfação a ninguém. 

Essa questão do dever está muito relacionada ao meio social, ao que é esperado da gente, aos papéis que as pessoas nos dão absolutamente de graça! Porque tem coisas que a gente não pediu pra ser,  nunca quis ser, mas acaba sendo, porque o povo acha que a gente deve.
O dever real de cada ser humano está relacionado às suas necessidades mais íntimas. A gente deve fazer o que satisfaz nosso coração, e fazer da melhor forma, porque aí nosso coração fica contente de verdade.
Se nosso coração diz que a gente deve ajudar uma pessoa que passa por um aperto, é porque a gente deve ajudar. Não porque a família, a vizinhança, a sociedade esperam que a gente faça.
Se a gente entra na loucura de fazer o que os outros esperam, acaba entrando num ciclo de ansiedade e frustração muito grande. Primeiro, fica ansioso de pensar se o que vai fazer vai agradar. Depois, fica frustrado porque fez o que achou que os outros queriam, mas é impossível, im-pos-sí-vel, agradar todo mundo nessa vida. Tem até uma frase que diz que nem Jesus conseguiu agradar todo mundo! Por que você vai se achar mais capaz que ele?
É preciso repensar urgentemente esse assunto do dever. Os nossos deveres são aqueles que estão escritos nas leis de Deus. E eles vão ficando claros pra nós, à medida em que conhecemos estas leis, que são a ordem de todo o Universo.
Eu sou Filho de Deus, criado para ajudar o Universo a funcionar, e o Universo tem regras de funcionamento, como tudo que é organizado. Se em cada situação, a gente perguntasse:
- Como é que eu colaboro com o Universo, neste momento? - a gente teria uma noção melhor do nosso dever.
Tem vezes em que, pra cumprir o nosso dever, a gente vai ter que ir contra tudo que a família, a sociedade e  mundo acham que a gente deve. E daí?
As leis do Universo são o desenvolvimento dos potenciais do Espírito; a harmonia em todos os níveis, do micro ao macrocosmo, o amor e a compaixão por todas as criaturas; a atividade útil; a reverência e a ligação constante com Deus Nosso Pai; o retorno de todas as nossas ações a nós mesmos, recebendo cada um segundo suas obras; a transformação para melhor.
O que a comadre, o marido, a esposa, enfim, o povo acha, não passa de palpite.

Calunga, "Pensamentos que Resolvem".