A mulher casa na ilusão do casamento. Depois, perde a sua personalidade e faz tudo o que o homem quer; se submete ao marido. E, com isso, ele perde o respeito por ela e a trata mal.
Unir-se a uma pessoa não significa mudar. Casamento não é ceder ao companheiro. Se a mulher tem que ceder, o casamento vira sacrifício. E casamento vai até um limite, depois, ninguém mais aguenta.
Se casar significa sofrer e se sacrificar, melhor ficar solteira. Pois desse jeito você não vai ser feliz. Se o preço da sua união é o sacrifício, você não está unida, está escravizada.
Casamento, minha gente, é amizade. É contrato íntimo, não o do papel, mas um contrato de união, de respeito, de fazer o jogo do namoro e do amor. É uma forma de manter de pé o nosso ânimo, nosso entusiasmo pela vida, de colocar no mundo físico pessoas que querem reencarnar e de conviver com essas pessoas, por meio da experiência rica da maternidade e da paternidade. Isso é o que vale. Não vale lei, não vale mais nada. Quem garante o casamento não é a lei, não é a aliança, não é o papel. O que manda na relação é a alma, é o coração. É ele que casa, é ele que descasa. Não adianta se enganar mais.
Vocês estão namorando, e estão vendo como o parceiro é. Mas, às vezes, não querem enxergar, porque querem casar de qualquer jeito. Olha lá, minha gente. Olhe o impulso de fuga dos seus problemas. Casamento não serve para fugir dos problemas familiares, ao contrário, às vezes é o início de outros mais graves.
Se você não está bem, não case, porque só vai acumular mais problemas.
O casamento tem que ter a sutileza do romance. Tem que ter o jogo magnético, porque esse jogo entre duas pessoas é muito importante. O que você chama de tesão sexual, na verdade, é o jogo magnético das forças, da aura, dos chacras que mantém as nossas glândulas do corpo astral ativadas, excitadas para produzir vitalidade, para gerar vida.
O melhor tratamento espiritual é esse, porque a presença de uma pessoa que vitaliza a gente, que traz uma excitação gostosa e, ao mesmo tempo, é uma pessoa de confiança, dá-nos a força para nos revitalizarmos e nos animarmos. É um grande presente.
Calunga, "Um Dedinho de Prosa".