Não complique a vida

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Complicado é quem não quer ver a verdade. A pessoa só complica para não enxergar. A verdade as vezes, está a um palmo do nariz, mas voce não percebe. É como esses livros complicados de psicologia e filosofia. Quando querem encobrir a verdade, querem arranjar argumento para puxar a sardinha para o lado deles, em vez de observar a vida com naturalidade, os autores começam a complicar, a tornar as coisa mais difícil ainda. Voce vai ler e não entende quase nada. Parece que voce é um burro. Por mais que voce estude, parece que nunca chega lá. Eles é que eram burros.
Quem fala a verdade fala curto, seco e direto, e todo mundo entende. A verdade tem esse poder de simplicidade, objetividade e profundidade, atingindo todas as camadas intelectuais, da lavadeira à doutora.
Complicou? É fuga, porque não quer ver, não quer estar ali, não quer cooperar e está rejeitando a vida. Está nos mimos. Se intoxicou? É porque está fantasiando, está substituindo a verdade pelas ilusões. É uma maneira de criar o prazer por meio das fantasias, como a droga também cria o prazer momentâneo por meios artificiais, fantasiosos.
Se voce é complicada, minha filha, é porque foge das suas verdades. Não tem vítima. Olhe para essas mulheres que casam com bêbados. Por que elas casam com bêbados? Porque elas são ruins para elas. Também complicam, fogem da verdade delas, rejeitam muito a vida e vão para as fantasias, para as ilusões românticas, melosas e enfraquecedoras dos seus potenciais verdadeiros.
Atraem para si, como parceiros, pessoas complicadas iguais a elas. Só que essas pessoas vão para o álcool, enquanto elas vão para os sonhos. Se olhar bem fundo vai ver que os dois são a mesma coisa, de forma diferente. E, ao se separar dessa criatura, procurando uma renovação na vida, elas acabam encontrando novos parceiros que bebem. Às vezes, nem bebiam antes de conhecê-las, mas  passam a beber depois que estão com elas. São as forças das energias delas que fizeram esses parceiros beberem.

Calunga, "Um Dedinho de Prosa".