O povo gosta de se queixar de coitado e de vir chorando pedir socorro. Primeiro, apronta as confusões; depois, vem se queixar e chamar a gente.
Uai, às vezes a gente vai mesmo para ver como é. E, muitas vezes, sai de braços cruzados: eu, hein? Me meter nessa confusão? Deixa o povo passar as consequências pelo que fez para ver se, da próxima vez, aprende a fazer diferente. Não adianta tirar do povo as consequências. Pois ele só vai ficar ainda mais mimado.
- Ah, não recebi nenhuma ajuda. Também não tenho mais fé - o povo ainda reclama.
Fica zangado com a gente, fica bravo com Deus, fica nervoso porque é burro. Só burro fica nervoso, porque não quer usar a inteligência. Pois quando você é inocente, a natureza protege. Inocente é protegido. As coisas que você não sabe, Deus faz. Agora, se já sabe, se tem a faca e o queijo na mão e não faz, então é porque é burro. Aí, Deus não dá nem confiança. E também não deixa a gente ajudar, pelo menos os espíritos tarefeiros como eu, que têm que procurar seguir o caminho da moral cósmica.
- Não pode, não! Tem que deixar quebrar a cabeça para ver se aprende. Calunga, não vá mimar fulano, nem sicrano - dizem os mentores.
É verdade, minha gente. A natureza é assim. Paciência!
Calunga, "Tudo pelo Melhor".