Mas não insista em lutar por uma transformação que não está reservada para você. Não teime em tentar ser alguém diferente do seu jeito natural, alguém que não tem a sua forma independente e única de ser. Pare de invejar o outro, pare de querer ter o que se encontra no outro lado da vida. Não insista com idéias que muitas vezes não correspondem às idéias que Deus traçou para você.
Quantas vezes você entrou numa luta de conquista, pensando estar correndo atrás da sua felicidade e, no final, só deparou com frustrações?
“A felicidade não está nas ilusões desse mundo”.
Por quantas vezes você já se decepcionou com os amigos, sentindo até a rejeição deles? Sentindo-se alijado, jogado de lado, humilhado? Pois é, na verdade os seus verdadeiros amigos não estavam naquele grupo, muito menos ali estava a sua felicidade. Bastava você compreender que naquele grupo não se encontravam as suas amizades espirituais, muito menos a possibilidade de realização como ser humano. Mas você sofreu. Valorizou o grupo, se deixou levar pelas impressões e necessidades sociais e não atendeu à sua verdadeira luz, à sua possibilidade de caminhar sem modelos.
Para que brigar contra o que não é seu? Para que enfiar na cabeça que aquilo que você insiste em querer e não consegue seja a única alternativa para a sua felicidade?
Sabe de uma coisa? Brigue, lute, contra as suas ilusões. Liberte-se desse lixo interior. Toda vez que você perceber que está indo contra a sua natureza, que o seu lado pessoal está ativo, pare e medite. Converse com você mesmo, dialogue com Deus:
"Vou deixar de acreditar que eu sou errado só porque as pessoas - e eu mesmo - não gostam de mim como eu sou. Não quero mais lutas internas, não quero mais brigas com o mundo. Eu sou assim mesmo e que seja feita a sua vontade, Deus".
Quando você começar a pensar e agir pela sua natureza, você vai compreender que as suas dificuldades não são causadas pelo que você é interiormente, mas sim pelo que você quer ser por fora, para o mundo.
A vida quer que você esteja sempre do seu lado, em qualquer circunstância, e se torne uma pessoa exuberante, impessoal. E a sua exuberância, adquirida através do novo jeito impessoal de se posicionar frente ao mundo, deve, em primeiro lugar, ser assumida e admirada por você mesmo. Você tem que gostar de ser exuberante, assumir a sua independência frente ao mundo, sem medo de ferir os outros, sem medo de não se encaixar. Você tem é que se encaixar na sua natureza, sem esperar o reconhecimento dos outros.
Mostre-se abertamente, sem medo de ser julgado, sem receio de sentar no banco dos réus, sem se culpar por ter encontrado finalmente o caminho da felicidade. Não aceite ficar no tribunal da vida, não faça de ninguém o seu juiz apenas por ter se libertado.
Se deixe levar pelo seu Dom, que é o exercício da impessoalidade, e sinta-se com coragem para se garantir frente àqueles que certamente vão querer te derrubar, te criticar, provavelmente por inveja.
Afinal, basta compreender que ninguém tem que gostar da gente, e, se estamos incomodando um ou outro, o problema é deles. E já que o problema é deles, eles é que fiquem nervosos, não é? O sentimento do outro não pode ser o seu referencial, não pode nunca te atingir, mudando o seu rumo.
“Você pode ficar de mal com o mundo,
mas nunca contra você mesmo”.
Calunga, "Fique com a LUZ".
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