A totalidade das possibilidades

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Cada um de nós está totalmente ligado ao Universo e à vida. O Poder está dentro de nós para expandir os horizontes da nossa consciência.
Agora quero que se expanda ainda um pouco mais. Se tem vindo a percorrer o caminho há já algum tempo, fazendo este trabalho interior, isso significa que não há mais nada para fazer? Vai ficar sentado a colher os louros do seu esforço até aqui? Ou realizou que este trabalho interior é uma ocupação para a vida e uma vez iniciado nunca mais tem fim? Uma pessoa pode atingir plataformas e tirar umas férias, mas todo este processo é para a vida. Poderá querer saber que áreas ainda precisa trabalhar e o que necessita. Você é saudável? É feliz? É próspero? Sente-se preenchido em termos criativos? Sente-se salvo? Sente-se seguro?
As Limitações Aprendidas no Passado
Há uma expressão que eu gosto imenso de utilizar - a totalidade das possibilidades. 
Na minha inocência eu não compreendia que as críticas passageiras dos adultos e dos amigos eram apenas o resultado de um mau dia ou de uma pequena desilusão e não eram verdade. Eu aceitava abertamente aqueles pensamentos e conceitos a meu respeito e desse modo eles acabaram por fazer parte das minhas limitações. Eu podia não ter um aspecto desastrado, ou estúpido, ou tonto, mas a verdade é que me sentia assim.

A maior parte de nós cria as ideias em que acredita sobre a vida por volta dos cinco anos. Na adolescência acrescentamos mais qualquer coisa e umas coisinhas de nada quando somos mais velhos, mas muito pouco. Se eu perguntar às pessoas por que razão têm uma determinada opinião sobre um assunto qualquer, elas tentam lembrar-se, retrocedem o percurso inteiro e, no final, acabam por chegar à conclusão que tinham tomado uma decisão a esse respeito mais ou menos por volta dos cinco anos.
Como tal, vivemos subjugados à limitações da consciência de uma criança de cinco anos. Aceitamos os conceitos dos nossos pais e na verdade, ainda hoje vivemos sob o domínio dessas limitações. Mesmo os pais mais maravilhosos do mundo não sabem tudo e têm as suas limitações. Assim dizemos o que eles diziam e fazemos o que eles faziam: "Não pode fazer isto", ou "Isso não vai dar." Por mais importantes que pareçam, não precisamos de limitações.
No momento em que dizemos "Não consigo", ou "Isto não vai funcionar", ou "Não temos dinheiro que chegue", ou "O que é que os vizinhos vão pensar?" ficamos muito limitados. Esta última expressão então é um obstáculo enorme para muitas pessoas. "O que vão pensar os vizinhos, os meus amigos, os meus colegas, seja lá quem for?" Trata-se de uma desculpa - assim já não é preciso fazê-lo, porque eles não fariam semelhante coisa, eles não iam estar de acordo. Tal como a sociedade muda, o que os vizinhos pensam também muda, por isso não faz muito sentido basearmo-nos nesse tipo de suposição.
Se alguém lhe disser "Nunca ninguém fez tal coisa dessa maneira", poderá sempre responder "E então?" Há centenas de maneiras de fazer as coisas, por isso faça da maneira que para si esteja certa. Temos uma série de mensagens absurdas para connosco do tipo: "Não sou suficientemente forte para aguentar uma coisa dessas", ou "Já não tenho idade para isso", ou "Ainda sou muito novo", ou "Não tenho a altura necessária" ou "Sou do sexo errado."
Quantas vezes utilizou esta última frase? "Sou mulher, não posso fazer isso", ou "Sou um homem, não posso fazer uma coisa dessas." A sua alma não tem sexo. Eu acredito que concordamos com o nosso gênero antes de nascer, numa perspectiva de aprendizagem espiritual. Sentir-se inferior em função do gênero é não só uma má desculpa mas também uma forma de renúncia ao seu poder.
As nossa limitações impedem-nos de expressar e experimentar a totalidade das possibilidades. "Eu não tenho as habilitações adequadas." Quantas vezes este argumento não nos travou já? Temos de perceber que a educação é um sistema estabelecido por grupos de pessoas que dizem "Não pode fazer isto e isto a não ser que o faça à nossa maneira." Podemos aceitar esse fato como uma limitação, ou podemos progredir e ultrapassá-lo.  

Louise L. Hay, "O Poder Está Dentro de Si".