A constante aventura do amor

terça-feira, 5 de abril de 2011

"Essa é a alegria do amor: A exploração da consciência.

Se você relaciona-se, e não reduz isso a um relacionamento, então o outro tornar-se-á um espelho para você.
  
Descobrindo o outro, você estará descobrindo a si mesmo também. Aprofundando-se no outro, conhecendo seus sentimentos, seus pensamentos, seus mais profundos movimentos, você estará conhecendo suas mais profundas agitações também.
  
Amantes tornam-se espelhos um para o outro, e assim o amor torna-se uma meditação.

Relacionamento é feio, relacionar-se é belo. No relacionamento, ambos ficam cegos um para o outro. Basta pensar; quanto tempo faz que você olhou para sua esposa olhos nos olhos? Há quanto tempo você não olha para seu marido? Talvez anos.
  
Quem olha para a própria esposa? Você já tem como certo que a conhece. Que há mais lá para olhar? Você está mais interessado nos estranhos do que nas pessoas que você conhece - você já conhece toda a topografia do corpo dela, você sabe como ele responde, você sabe que tudo que aconteceu irá repetir-se novamente e novamente. É um ciclo repetitivo.
  
Isso não é realmente assim. Nada nunca se repete; tudo é novo a cada dia. Somente seus olhos envelhecem, sua presunção envelhece, seu espelho acumula poeira e você se torna incapaz de refletir o outro. 
  
Desse modo eu digo, relacionem-se. Ao dizer relacionem-se eu quero dizer permaneçam continuamente numa lua de mel. Prossigam procurando, buscando um ao outro, encontrando novas maneiras de amar um ao outro, encontrando novas maneiras de estar um com o outro.
  
E cada pessoa é um mistério tão infinito, inexaurível, insondável, que jamais será possível que você possa dizer: 'eu a conheci', ou, 'eu o conheci'. No máximo você pode dizer: 'eu tentei o melhor que pude, mas o mistério permanece um mistério'.
  
Na verdade, quanto mais você conhece, mais o outro se torna misterioso. Desse modo, o amor é uma aventura constante."

OSHO.