Quer saiba, quer não, você é influenciado pelas cores que invadem sua mente e consciência, relativamente a seus pensamentos, ações e sentimentos. As cores penetram a intimidade de todas as suas atividades diárias. São utilizadas para incrementar a eficiência, promover a segurança e influenciar hábitos sociais e de aquisição de coisas.
A moda hoje é a variedade: antes, bastava uma cor; hoje, valoriza-se mais a variedade.
Um técnico em decoração explicou a suas clientes jovens que ambientes com predominância do vermelho eram mais excitantes e adequados ao romance.
Segundo alguns psicólogos, os olhos femininos são mais atraídos pelo vermelho e os masculinos, pelo azul. O desenhista Frank Giannanoti tem uma teoria original. Em sua opinião, a grande maioria das mulheres que fazem compras recusa-se a usar óculos em público porque isto prejudica sua aparência. Para ser notada, portanto, uma embalagem deve sobressair entre as demais.
Num experimento realizado pelo Instituto de Pesquisa de Cores, foram dadas diferentes caixas de detergente a várias donas-de-casa. Solicitaram-lhes que usassem as amostras durante algumas semanas e depois indicassem qual era a melhor para lavar roupas delicadas. As mulheres tinham a impressão de que lhes foram dados três tipos diferentes de detergente, mas na verdade só as caixas variavam, o detergente era o mesmo.
O modelo de uma embalagem era predominantemente amarelo, porque alguns técnicos de mercadologia estavam convencidos de que o impacto visual do amarelo era mais eficaz. Em outra embalagem predominava o azul, sem qualquer amarelo. A terceira era azul com manchas amarelas.
O Experimento teve ótimo resultado quanto ao estabelecimento das preferências das mulheres no campo das cores. As donas-de-casa disseram que o detergente da embalagem amarela era forte demais. Algumas chegaram a dizer que tinha estragado suas roupas! Quanto ao detergente da caixa azul, queixaram-se de que tinha deixado manchas na roupa que, aliás, não tinha ficado bem limpa. A maioria achou que o detergente da caixa azul e amarela era o melhor - limpava bem as roupas sem estragá-la.
De acordo com o perito em cores, Louis Cheskin, as pessoas que tem muitos meios de extravasar suas emoções preferem as cores mais apagadas e neutras. São principalmente de nível educacional e financeiro mais elevado. Por outro lado, os pobres e relativamente incultos preferem as cores brilhantes, principalmente laranja e vermelho. Para as pessoas que vivem em favelas, quanto mais próximas forem as dos tons do arco-íris, mais atraentes parecem.
As cores estão sendo usadas com maior frequência, hoje em dia, para promover a segurança nas estradas.
De acordo com fórmulas reconhecidas para fazer os carros pararem, os segmentos amarelo e vermelho são colocados a distâncias pré-determinadas, antes do cruzamento. O tipo de pavimentação e a velocidade máxima permitida por lei são alguns dos fatores de controle.
Uma interessante teoria sobre as cores, de Walter A. Woods, psicólogo industrial, é a de que quanto mais normal e maduro você for, mais sensível será a cores e maior será sua preferência por combinações suaves. Por outro lado, quanto mais imaturo e perturbado você for, mais será atraído por cores fortes e contrastantes.
Para esse psicólogo, as mulheres são menos constantes em suas preferências de cor que os homens. Enquanto as moças nunca perdem sua fascinação por cores dramáticas, as mais velhas preferem tons mais discretos. Entre os homens, preferências e antipatia por cores tendem a ser estabelecidas antes ou durante o período da adolescência.
As cores são vistas de maneiras diferente, dependendo da posição de quem olha. Quando estiver combinando cores, você deverá fazê-lo mantendo-se ereto. Segundo o Dr. j. N. Aldington, nosso modo de ver as cores é afetado pela posição do corpo.
Se estamos de pé, vemos as cores mais ou menos do mesmo modo com ambos os olhos. Felizmente, esta é posição usual quando combinamos amostras de cores. Se estamos deitados, a percepção das cores é também semelhante para ambos os olhos. Mas se ficamos de lado o olho que está mais para baixo fica mais sensível ao vermelho que o outro olho, conforme a teoria do Dr. Aldington. Se nos voltamos, a sensibilidade às cores é invertida.
O laboratório de pesquisas cromáticas da Sun Chemical Corportion, de New York, realizou extensos estudos sobre a dimensão das cores, e o que faz as cores parecerem variar em tamanho e distância. Como a focalização dos olhos não é igual para todas as cores, os tons do espectro parecem próximos ou distantes, grandes ou pequenos.
O vermelho, por exemplo, é normalmente focalizado em um ponto atrás da retina. Para poder ver claramente, o cristalino fica convexo, trazendo a cor para mais perto e dando-lhe um tamanho aparentemente maior. Pelo contrário, o azul é focalizado normalmente em um ponto à frente da retina, fazendo o cristalino achatar-se e afastar a cor. É por isto que algumas vezes se considera o azul como uma cor "regressiva" e o vermelho uma cor "progressiva".
Um dos efeitos da cor sobre o tamanho aparente é de que os pés parecem menores com calçado preto e maiores com sapatos brancos. Pesquisadores do Jonhn Hopkins University Institute descobriram que a tonalidade e nitidez de um objeto e a quantidade de luz que ele reflete pode parecer até 13,5% maior que outro objeto do mesmo tamanho.
Esses cientistas descobriram que o branco faz o objeto parecer maior do que o faria uma cor, isto apesar do branco não ser uma cor. O vermelho faz qualquer coisa parecer maior do que o faz o verde, embora o verde seja mais brilhante.
Todas as sensações de luz vêm do Sol e são uma mistura de comprimentos de onda abrangendo todo o espectro visível. A luz do sol, por si mesma, é destituída de cor. Isto ocorre não porque a luz não estimule as células de cor de nossa retina, mas porque estimula todas elas ao mesmo tempo. Para enxergarmos uma cor definida precisamos isolar radiações de luz com um comprimento de onda aproximado, removendo as demais da mistura de luz solar. As radiações isoladas então estimulam as células cromáticas da retina de modo preferencial, quando então vemos a luz como uma cor definida.
Os processos de detecção de cor no olho são pouco compreendidos. Acredita-se que possa haver três tipos distintos de células receptoras na retina, cada tipo influenciado preferentemente por diversos ou variados comprimentos de onda. A luz vermelha afeta um tipo de célula receptora, a luz violeta, outro. A luz verde afeta o terceiro tipo, mas também estimula as outras duas.
O efeito de outros comprimentos de onda é o de estimular as células receptoras com diferentes intensidades. A luz amarela, por exemplo, tende a estimular as receptoras de verde e vermelho, estimulando as de luz azul apenas de leve. A luz azul prefere as células receptoras de verde e violeta.
A existência de três tipos de células receptoras, todas estimuladas de algum modo pela maioria do comprimento de onda, significa que o cérebro detecta as cores na forma de diferentes graus de intensidade de estímulos nos três tipos de células receptoras. Isso significa que percebemos misturas de radiações luminosas de comprimento de onda muito diferentes como uma mesma "cor".
As cores não são coisas fixas e rígidas, são flexíveis e sutis; apesar disso, representam um papel importante em nossa vida diária.
Objetos brilhantes, como uma pedra ou pedaço de metal, costumam atrair a atenção dos aborígenes. Talvez essa atração se deve à intensidade da luz, um estímulo de grande importância. Não temos dúvidas de que objetos brilhantes foram os primeiros a serem considerados belos.
Ainda hoje, o homem moderno é influenciado por essa inclinação primitiva, com relação aos objetos que adquire - mesmo que sejam para fins utilitários. As decorações cromadas dos automóveis e muitos acessórios domésticos são exemplos desse gosto estético primitivo. O amor por gemas e pedras rutilantes é, igualmente, um elemento adicional para os significados que atribuímos a elas por costume.
Existem, entretanto, variações que devem ser levadas em consideração, relativamente à estética. Os chineses, por exemplos, não reagem às mesmas cores que os americanos ou ingleses. Conta-se uma história segundo a qual, antes de se instalar o comunismo na China, um posto de gasolina foi pintado de branco e vendia muito pouco. Para os chineses, o branco lembra luto e tristeza. Após uma modificação na pintura, o posto passou a aumentar suas vendas. Todos nós conhecemos o efeito das cores na publicidade - e como elas afetam certos desejos e reações...
Na índia, e para os hindus em particular, o amarelo é uma cor simbólica. Flores amarelas são colocadas sobre os cadáveres a serem imersos no Rio Ganges, antes da cremação. No Japão, o vermelho é considerado uma cor muito auspiciosa, usada há muitos séculos na parte externa de templos e santuários.
Em salas de cromoterapia, além de outros tratamentos, certos pacientes são compelidos a ficarem deitados por algum tempo, exposto a luzes coloridas que tingem o aposento. Toca-se música que tenha uma relação emocional com a cor usada. Muitos pacientes encontram alívio numa determinada combinação de cores.
Há poucos anos, a Universidade Stanford, da Califórnia, conduziu experimentos ligados a cores e seus efeitos sobre o público de cinemas e teatros. O Dr. Robert Rossa descobriu que: "Cinza, azul e púrpura eram associados a tragédias. Amarelo, laranja e vermelho estavam ligados ao sentido da comédia. O vermelho também sugeria grande intensidade dramática; em seguida, as cores cinza e púrpura eram as mais eficazes". E assim por diante...
E a sua vida? É colorida? |
LUZ & Sorrisos! :)