A PROSPERIDADE por Luiz Gasparetto (1 de 3)

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Um dos grandes males do Brasil é a "Lei de Gerson", que já está sendo combatida até por campanha publicitária. Outro grande mal é a crença generalizada na miséria, tão explorada pelos candidatos nas campanhas políticas. Por que somos pobres? Qual é o verdadeiro estado de pobreza que se pode encontrar na humanidade? Por que poucos têm muito e muitos não têm nada? Essas perguntas, aparentemente de grande complexidade, são respondidas de maneira fácil e clara por Luiz Antônio Gasparetto em suas palestras sobre a prosperidade. Ele esclarece, antes de tudo, que não criou os conceitos apresentados; é apenas autor da linha de raciocínio que agrupa vários pensamentos baseados, principalmente, em técnicas e teorias aplicadas com sucesso em países prósperos como os Estados Unidos e por ele colhidas durante o tempo em que morou por lá ou ao longo de suas viagens. Se você almeja prosperidade, conheça e beneficie-se de suas leis.
Qual a melhor definição para prosperidade? Segundo Gasparetto, prosperidade significa ter sucesso em tudo. Não está ligada apenas ao conceito material, ao acúmulo de bens, ao sucesso ficanceiro. Você pode - e deve - ter também saúde, inteligência, amor, criatividade. Prosperidade é um conceito diretamente ligado à riqueza. E que se opõe frontalmente à pobreza, originária da crença na falta. A pobreza também não se manifesta apenas a nível material. Há verdadeiras "favelas" na alma, que impedem a pessoa de crescer interiormente e que se refletem no seu crescimento perante o mundo exterior. São o egoísmo, o rancor, a avareza, a falta de imaginação, de carinho, de inteligência.
A crença na pobreza e na falta é reflexo de condicionamentos a que fomos submetidos desde a infância, por dogmas religiosos ou sociais. Como somos apenas criados "à semelhança" de Deus, sendo imperfeitos e pecadores, não somos Ele nem parte d'Ele. Em vista disso, não somos merecedores da riqueza e da felicidade. A vida é para ser vivida com muito sacrifício e dor. A dor torna-nos merecedores do reino do céu. A vida é cheia de dificuldades. E quem acredita em dificuldade acaba materializando esse conceito em sua vida. As coisas realmente se tornam duras, complicadas, difíceis de se realizar.
Socialmente aprendemos que o dinheiro é sujo, não traz felicidade, é perigoso, atrai sentimentos como inveja, cobiça, é fator de desunião. Quem tem muito ou conseguiu à custa de pesados sacrifícios, ou tirou de alguém que, consequentemente, ficou com pouco. Esse é o jargão mais explorado pelo capitalismo mal compreendido ou propositalmente mal interpretado, mais ainda no Brasil, neste momento.
Esse acanhamento pela falta de mérito ou pelos perigos que o dinheiro oferece faz com que nós nos fechemos, nos amesquinhemos. O "eu não mereço" afasta de nós as melhores chances, as melhores oportunidades. Nós nos reprimimos e ficamos à espera de que a providência divina venha nos brindar, não sabemos nem ao certo com o quê, porque desejar já é um pecado; conseguir, então, nem pensar...
Para ser uma pessoa próspera, a receita é bem simples. Primeiro é preciso romper com esses preconceitos religiosos e materiais que nos acompanham há anos.
Olhe para si mesmo ou à sua volta: a natureza é rica de formas, coloridos, é um universo de riqueza e perfeição. Deus não é pobre, é grandioso, maravilhoso; o "reino do céu" é descrito com palácios, fartura, brilhos, beleza. Estar pobre é não estar em harmonia com a natureza nem em sintonia com o astral superior. O seu desejo não é pecado: sua alma sabe o que é bom para você e sente que tem capacidade para obter o sucesso que merece. A natureza quer e precisa do seu sucesso, porque ele representa o sucesso de muitos outros. A sua prosperidade econômica leva prosperidade a muita gente. O seu fracasso fecha as portas para muitas pessoas. Ser rico é ser espiritual. É viver com fartura, com beleza, com sabedoria, com amor, tal qual a natureza se apresenta para nós.
Como você vê o dinheiro? Como algo difícil de ser obtido? Como coisa diabólica? É bom aprender a ver o dinheiro como algo conveniente, que organiza as trocas sociais. O dinheiro é forte para circulação do potencial de todos nós. Ele representa a força, o trabalho, a vida e a troca dos valores dentro da vida. É fator de equilíbrio: estabelece um código numérico para cada valor e equivale os valores dentro da troca. O dinheiro é fonte de organização e de vida; principalmente, de possibilidade de vida. Ele não traz a felicidade, tampouco a infelicidade. Ele nos traz as coisas, e nós é que as tornamos destrutivas ou produtivas.
Não é a riqueza que nos desorienta em relação à natureza, mas a pobreza. As comunidades onde impera a pobreza material estão a um passo do crime. A violência é mais tentadora para os que vivem num ambiente onde falta tudo do que para os que estão satisfeitos, de estômago cheio e com a cabeça ocupada com coisas produtivas, vivendo entre bons professores, bons exemplos. Mas os que agridem essa lei da prosperidade estando em condições favoráveis - como é o caso de pessoas desonestas que, mesmo tendo bastante, estão sempre dando um "jeitinho"  de se apropriarem de mais e mais - são descompensados em outras áreas, que se tornam desarmônicas. O melhor exemplo, no Brasil, são os políticos corruptos: estão sempre preocupados com sua saúde, sua família envolve-se em escândalos, vivem num ambiente de falsidade e oportunismo. Têm altos e baixos, não levam uma vida equilibrada e harmônica. São paranóicos, perseguidos, estão sempre à espera de que lhes puxem o tapete. São inseguros, ficam à mercê dos desonestos; muitos buscam apenas o poder, agem para se valorizar e conseguir determinadas coisas na vida. Geralmente são pobres para sustentar o que almejam e, quando conseguem, não têm capacidade para desfrutá-las.
Para quem ainda tem uma sombra de dúvida sobre a ineficácia da "Lei de Gerson" no seu caminho rumo à prosperidade, vale reafirmar que a corrupção nos leva de nada a lugar nenhum. Está oficializada no Brasil e tem consequências terríveis como, por exemplo, taxações. Nos países desenvolvidos, o Imposto de Circulação de Mercadorias (ICM) é geralmente de 7%. No Brasil, como é sabido e notório que existe deslavada sonegação, a taxa já foi fixada em 17%, para cobrir o prejuízo. Outro exemplo prático do dia-a-dia: você corrompe a polícia e paga um "por fora" para que o guarda alivie a sua multa; em contrapartidas, os ladrões e traficantes também a corrompem e assaltam a sua casa e viciam o seu filho na porta do colégio. Tudo isso é porcaria, mesquinhez, não traz nenhum benefício a quem pretende assumir uma postura próspera diante da vida.
Uma outra lei da prosperidade afirma o seguinte: o que quer que faça, faça por você. Não peça pelos outros: pense sempre nos benefícios que o seu próprio bem poderá propocionar às pessoas. Ajude-se antes de ajudar quem quer que seja. A sua felicidade será refletida nos outros. Segundo essa lei, podemos estabelecer um paralelo: não seja "caridoso" no sentido corriqueiro da palavra. Não saia por aí dando esmolas, distribuindo conselhos e aliviando sua consciência como se isso gerasse prosperidade a quem os recebe. Na maioria das vezes, isso apenas acomoda as pessoas, que deixam de ir à procura da sua própria fatia de prosperidade. Você deve ensinar a pescar, não dar o peixe.
É claro que toda a dinâmica da prosperidade baseia-se em técnicas exploradas pelo mentalismo, pelo positivismo. Ideias como "é difícil", "eu não tenho sorte", "nasci para o fracasso", "eu não sei", "sou um azarado", "não consigo", "eu não mereço" não têm espaço na mente das pessoas prósperas. Se você quiser entrar para o time que está ganhando, é preciso passar por uma prova, com única questão cuja resposta só você conhece. Pergunte-se agora: eu quero ser um sucesso ou um fracasso? Deixe a resposta fluir com sinceridade, com toda a naturalidade do seu eu superior.

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