Ciúme: medo de ficar só.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Falar de relacionamentos amorosos é sempre um desafio... Conviver é tão complexo que, por diversas vezes, o amor se mistura com sentimentos negativos, manchando a sua pureza. E um dos piores inimigos do amor é o ciúme, este sentimento devastador, que domina a alma insegura do ciumento, levando-o a criar histórias e problemas onde, na maioria dos casos, não há nada que considerar. 
A pessoa ciumenta geralmente é aquela que cresceu em um ambiente instável ou inseguro, ou que carrega em sua história pessoal alguma vivência de abandono, em que passou a acreditar que ninguém é confiável, e, com isso, apega-se à pessoa mais próxima, anulando-a e impedindo-a de crescer, seja em que sentido for, porque teme a solidão. 
O fantasma do ciúme pode surgir em situações quando um dos parceiros passa a viver na dependência emocional do outro, quando a sua vida se resume na vida e nas atividades do outro. É preciso diferenciar o ciúme doentio do ciúme normal e aceitável - um sentimento de zelo e carinho pela pessoa amada. Pessoas fragilizadas, carentes de autoconfiança e com baixa autoestima são mais vulneráveis ao domínio do ciúme doentio. 
O sentimento de ciúme, nos relacionamentos, quer amorosos, de irmãos ou profissionais, se confunde muito com a inveja, com o medo do sucesso do outro, ou com o medo de “ficar sem...” 
O que é preciso ficar claro é que em qualquer convívio, quanto mais você  prende uma pessoa, mais rápido você a perde, porque não há nada mais valoroso em uma união do que o respeito à liberdade e à individualidade do outro, impondo, ao mesmo tempo, respeito à sua própria independência, e lembrando-se, sempre, que um relacionamento só é verdadeiramente satisfatório se houver cumplicidade e honestidade entre as pessoas envolvidas.
Eliana Barbosa.