Membrana egoica

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

O ego corresponde a uma faixa que se localiza entre o final da aura, ou sistema protetor, e o meio ambiente. Sua última película tem o nome de membrana egoica. É como se fosse uma pele de proteção e sua função é seletiva. Ela define a individualidade e seleciona, de acordo com nossas crenças, conforme aquilo que damos ou não importância, o que deve entrar do ambiente ou sair da gente. Por esta razão, o ego tem a ver com o sistema de proteção. Se algo estiver mal educado, ele dará espaço e puxará para dentro de nós. Por exemplo, se você ensinou ao ego que os outros são mais importantes, que o mal é importante: olha falou mal de mim! A ordem é a seguinte: os outros podem me invadir; o mal é importante, pode entrar. Se você ensinar o ego de modo diferente, ele selecionará outra maneira. É assim que tornamos nossa vida caótica ou organizada, pois o exterior é reflexo do interior, e o interior é feito de acordo com essa seleção do ego. Se você for uma pessoa muito sensível, que já desenvolveu certa mediunidade, as consequências são piores. 
Não é assim que nos comportamos quando não queremos estar com uma pessoa indesejada? Aquele sensível não mental, como se a gente tivesse se fechado, nada mais é do que uma concentração energética em volta da aura para repelir, para se defender. É o ego fazendo uma barreira protetora. Se não soubermos lidar com isso, à medida que a pessoa se aproximar iremos perdendo a liberdade. 
O subconsciente é a memória da Sombra
É o elo que liga a Sombra à Luz, possibilitando a somatização dos anseios da Alma, por conseguinte, a realização. O sistema centralizador trabalha na espinha dorsal.
A Sombra do Centro, na verdade, é o Corpo mental, porque tudo o que se passa no mental tem reflexo em tudo. Se estiver alinhada, centrada, significa que tudo está coordenado, caso contrário resulta em caos. A mente, uma vez educada, tudo mais será educado, pois nela reside o subconsciente, que transmite para os outros sistemas, para a Alma e para o Eu Superior o que tem que ser feito. O nascimento, a morte, o funcionamento do cérebro, tudo é obra da Sombra do centro E continua sendo no Corpo astral.
Na explosão inicial, primeiro veio a Sombra caótica e depois veio a Alma com o Espírito para organizar. Se perdermos o contato com a Sombra do Centro, os demais sistemas, o Espírito e a Alma se perdem e voltamos ao caos. Os sistemas da Sombra são o veículo, mas a Sombra do Centro é o veículo que congrega o equilíbrio geral.
A sensação que cada um tem de EU, de individualidade, de unicidade com a Alma e o Espírito é a Sombra do Centro que tem. O Espírito, o Eu Superior e a Alma são COLETIVOS. A INDIVIDUALIDADE, quem a tem é a Sombra do Centro: EU. Daí a importância de se assumir esse EU, a sensação de se morar no Corpo, de ser o Corpo, de ser a Sombra. Se não morarmos ali, se não ficarmos ligados à sombra do Centro, sendo levados para cá e para lá conforme as ondas do mundo, ela se ligará a qualquer um, e ficaremos nas mãos do mundo. A Sombra do Centro TEM QUE APRENDER a ficar conosco.
Como se mantém a Sombra do Centro com a gente? TOMANDO POSSE DE SI, não se deixando levar pelos outros, ACEITANDO-SE, seguindo o temperamento, a Alma, a individualidade, DIZENDO NÃO E SIM CONFORME NOSSA CONVENIÊNCIA, e não conforme a do mundo, PONDO-SE EM PRIMEIRO LUGAR, pensando em nós mesmos.
Ajudar é bom, sacrificar-se é péssimo
O QUE É FIRMEZA? É estar na gente. Se a Sombra do Centro estiver conosco, temos firmeza, logo, temos Espírito, temos Alma e tudo anda bem.
Ativando e puxando as forças da Sombra
Pelo fato de as forças da Sombra serem responsáveis pela realização, pela materialização, pela fixação da Luz, por cuidar da vida na Terra, toda prática no sentido de ativá-las, de puxá-las, será eficiente se envolver a movimentação DO CORPO – por meio da dança, ou por meio de gestos físicos. Coloque uma música de ritmo marcante, que lhe agrada, que mexe com você, e procure sentir o ritmo no Corpo inteiro. Sinta SUA VIBRAÇÃO. Tal fato é bastante evidente nas diversas práticas xamânicas que utilizam tambores. Faça o exercício com a consciência de que está aí para ativar, desenvolver e familiarizar-se com suas forças da Sombra.
SE perceber alguma sensação FÍSICA – que nunca será desagradável, pois a Sombra sempre se manifesta comodamente -, como a variação na temperatura do Corpo para mais ou para menos, pequenos formigamentos, um tipo de energia diferente, pequenos movimentos em determinadas partes do corpo, sensações na espinha dorsal, sensação de força no abdômen, etc., fixe-se nela, e daí por diante sempre relacione tal sensação àquele animal representativo do sistema escolhido.
Diga, com clareza e convicção: Eu estou aqui para conhecer, ouvir e ajudar você em tudo o que for necessário para nossa saúde e progresso. De hoje em diante, me comprometo a prestar muita atenção em você, a escutar os recados, a entende e cooperar num sistema de amizade interior que deverá se fortalecer cada vez mais. Se no passado fiz alguma coisa que tenha feito você sofrer, que deixou você nervoso, se me isolei para me adaptar à sociedade, para me adaptar à loucura deste mundo, estou aqui me retratando e disposto a mudar, porque eu quero você comigo na paz, para que a Luz caminhe por mim, para que minha Alma possa iluminar todos nós, para que eu cresça firme e forte e usufrua a vida, o que quero usufruir. Não estou confundindo você com entidades. Eu sei que você é poder em mim e que pertence a mim.
Pode acontecer de as sensações nunca se manifestarem fisicamente. Não ligue. Não significa que você não esteja obtendo êxito na experiência. É que tem de ser assim mesmo. A diferença entre quem sente e quem não sente reside no fato de que quando o ser humano sente ou vê algo, seu poder de convicção aumenta. Mas quem quiser trilhar os caminhos da espiritualidade verdadeira tem que, necessariamente, desenvolver a convicção do poder interior, independentemente do que os olhos veem e do que a matéria sente. É necessário acreditar cada vez mais no invisível, pois é no invisível que reside o verdadeiro.
Luiz Gasparetto, “Revelação da Luz e das Sombras”.