Reflexão

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Não quero todas as coisas da vida. Quero apenas a vida que meu Espírito quer. Não quero espiar tudo ou passar por tudo. Quero apenas o que o Espírito quer. Quero poder estar na sociedade sem ser vítima das suas ilusões. Quero ter meu animal livre, mas educado. Quero a Alma se expandindo, mas coordenada comos propósitos do brilho de da riqueza do meu Espírito. SOU ESPÍRITO NAVEGANDO NA ETERNIDADE. Meu nome é humanidade. Sou palavra na boca, sou sangue na carne, sou hálito no sopro, sou movimento no desejo, sou da ternura o beijo com que me abraço em todos. Minha casa é a vida onde me aconchego completamente, e me admiro em me ver no espelho e todas as minhas transformações em todas as vidas. Sou aquele que produz a multiplicidade, a variação, a ocasião. Sou aquele que está integrado com todos e não possuo rivalidade. Não sou da guerra, não dou do fazer, sou do SER. O resto é apenas exercício com que me movimento, como o vento invisível entre as folhas. Sou a chama que arde eternamente, a inspiração, a água de cada semente. Sou do pensamento além do mental. Sou da Consciência além da lucidez. Estou SENDO todas as coisas, sendo cada coisa na coisa. Sou o que multiplica sem deixar de ser. Sou multiplicado em tudo o que está somando na unidade do meu ser. SOU o bicho, a Alma, sou o consciente, SOU MAIS QUE TUDO ISSO. Ainda há muito, muito a conhecer. Meu nome é volátil, penetro em todas as coisas como se não penetrasse. Caminho nas Sombras, nas Luzes, na agonia das trevas e no reino de Deus. Sou um ser nos seres. Não sou compreensível numa frase, não sou resumido, não sou fácil, não sou simples, mas sou sensível. Sou o jeito que me apraz em cada um. Meu gosto é ser diferente, sempre diferente. Minha integridade é inquebrável como o tempo que não pode voltar, mas minha presença faz acalmar e lembrar que tudo é passageiro. PASSO PELAS COISAS sem sê-las, sem me aborrecer, sem me confundir, APENAS VER e PASSAR. Minha morada é na infinidade indefinida da minha própria presença. Eu sou o que se chama espiritualidade, vida, chama, clareza, vivacidade, genialidade, atividade. Minha constituição é apenas a minha constituição. Não sou bem nem sou mal, SIMPLESMENTE O QUE FUNCIONA, e de mim tudo existe como me apraz que exista. Todos os mistérios estão abertos, pois sei ler, mas a maior leitura é sentir-me PRESENTE porque aí eu entro em meu mental e traduzo todas as coisas complicadas e implicadas do universo nas linguagens entendíveis, porque é esse o meu poder, me fazer tão grande que ninguém entenda e tão pequeno que entendam menos ainda, mas eu sei me fazer entender EM MIM. Me basta receber o Uno, não deixando o social e o humano me prenderem completamente. SOU VIVO MAS NÃO ME DEIXO SER POSSUÍDO. Deixo o Espírito entrar no meu cotidiano para reiniciar a vida A CADA MOMENTO.
Luiz Gasparetto, “Revelação da Luz e das Sombras”.